Por Marcello Locatelli, Curitiba, Paraná
Curitiba amanheceu sem ônibus e com boa parte do comércio central de portas fechadas. Trabalhadores de diversas categorias ocuparam as ruas neste dia 15 de março. Não há dúvidas de que foi a maior manifestação desde que o governo golpista chegou ao poder.
A paralisação foi forte nas categorias que aderiam ao movimento. Cruzaram os braços os metalúrgicos, motoristas e cobradores, carteiros, bancários, servidores das universidades federais, servidores municipais, professores e funcionários da educação estadual, professores da rede municipal, agentes penitenciários, policiais civis, servidores da saúde estadual e petroleiros. Os estudantes que ocuparam as escolas também marcaram presença na luta.
Foi um verdadeiro movimento de paralisação que impactou até mesmo a grande mídia, que não teve como esconder a força desta data. Entre os manifestantes predominou o clima de unidade e o sentimento de que é possível fortalecer ainda mais este movimento.
A manifestação saiu da Praça Santos Andrade, no trajeto os piquetes de bancários e carteiros foram se somando ao ato. Foi possível ver a simpatia de uma parcela importante da população que circulava nas calçadas. Na Praça Tiradentes e depois na Praça 19 de dezembro os servidores municipais e da saúde estadual engrossaram a marcha rumo ao Centro Cívico.
Ao final do ato, as centrais se pronunciaram e ficou evidente que a vitória no 15M foi nacional: ‘Hoje, passamos dos 50 mil. Demos o primeiro passo no caminho que precisamos construir para barrar as reformas deste governo. As diferentes centrais sindicais e frentes políticas possuem projetos diferentes para 2018, temos diferentes ideologias e princípios, mas a classe trabalhadora é maior do que todas as organizações que estão aqui, o momento é de unificar a maioria do povo contra os ataques. Nossa tarefa é construir a mais ampla unidade para derrota o governo Temer’, disse Mariane de Siqueira, da CSP-Conlutas e militante do #MAIS.
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