Por: Gleide Davis, colunista do Esquerda Online
Neste último dia 8, mais de 1.500 mulheres se reuniram em Salvador numa passeata que demonstrou o caráter de luta da cidade mais negra do mundo fora da África. Foram diversas mulheres que ecoaram seus cantos coletivamente com pautas feministas como a cultura do estupro, liberdade sexual e violência contra a mulher. Mas, sem dúvidas, o grito que mais fortaleceu este ato foi a indignação pela Reforma da Previdência, que prevê diversos recuos em direitos das trabalhadoras e trabalhadores.
Indignadas e com nós em suas gargantas, mulheres marcharam pelo centro da cidade gritando “Fora Temer” e “Nem um direito a menos”, demonstrando que não há a menor dúvida de que as mulheres nordestinas, que sempre protagonizaram grandes lutas na história, não perderam sua ancestralidade e força de luta.
Neste 8 de março, as mulheres soteropolitanas protagonizaram uma marcha de negras, indígenas e travestis. Mulheres que não negaram o sangue de justiça que circula em suas veias e que sempre lutou pela libertação de seu povo ao longo da história, marcharam em 2017 contra a precarização dos direitos das mulheres, não abaixaram suas cabeças e mostraram que a mulher nordestina não tem nada a temer.
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