Por: Josyanne Quemel , de Belém, PA
Entre os dias 2 e 4 de março, ocorreu em Belém, o XXII Congresso Estadual do Sintepp, que reuniu 1209 delegados de todo o estado.
O congresso foi marcado por importantes discussões políticas e muita unidade em torno da construção do calendário do dia 8 de março e da greve nacional da educação, no dia 15 de março, que vem sendo construído pela CNTE por varias centrais sindicais, entre elas, a csp conlutas e movimentos sociais em nível nacional. Também o tema da reforma da previdência esteve no centro das discussões políticas assim como a reforma trabalhista e o ajuste aplicado por prefeitos e o governador do estado, Simão Jatene, do PSDB.
O congresso também discutiu temas educacionais importantes e decisivos para os educadores brasileiros como a reforma do ensino médio e a o PL 193/16 que trata do projeto escola sem partido, além do descumprimento da lei do piso pelos governos do PSDB em todo o estado. Um dos pontos fundamentais do congresso foi a mesa que tratou do tema de mulheres e aprovação do I Encontro das Trabalhadoras da Educação do Sintepp, do qual o coletivo Mais Mulheres ajudou na discussão com a publicação de seu manifesto feminista.
Um dos pontos mais polêmicos do congresso foi a votação que tratou da temática da filiação do Sintepp a Intersindical (Central da Classe trabalhadora). Após muitas discussões e debates foi necessário contagem de votos, onde a proposta de não filiação ganhou por 483 votos contra 448, demonstrando que a base do sindicato ainda não se encontra totalmente convencida da filiação a uma central sem que faça um amplo debate na base da categoria.
O congresso também aprovou a existência no sindicato de uma “Coordenação Municipal de Belém” que terá o seu funcionamento tal como o de uma subsede. Essa aprovação é uma vitória e vai contribuir muito para a organização da base da categoria de Belém, que há 14 anos está com a sua subsede fechada e que vem sofrendo duros ataques pelo prefeito Zenaldo Coutinho do PSBD.
As (os) militantes do MAIS estiveram na linha de frente na construção do Congresso desde a eleição das delegadas e delegadas nas escolas, e com a apresentação de sua resolução que contou com o apoio de várias trabalhadoras e trabalhadores da base da categoria.
O próximo passo é construir um grande ato feminista e classista no dia 8 e março, em seguida a greve nacional da educação no dia 15 e preparar a bases para a construção da greve geral no país.
Foto: Andréa Neves
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