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Começa os ataques do Prefeito Marchezan (PSDB) em Porto Alegre e os professores respondem com protesto massivo

Por: Pedro Rublescki, de Porto Alegre (RS).

Nesta terça feira, dia 21/2 , o prefeito de Porto Alegre Nelson Marchezan do PSDB e o secretário de educaçao, Adriano de Brito , se reuniram com os diretores das escolas municipais e anunciaram ataques à Educação. Ataques que aumentam a carga horária semanal dos professores e acabam com a reunião de planejameto com todos os professores juntos. Essas mudanças foram feitas sem o menor diálogo com a categoria de forma autoritária através de decreto.

Diante desse anúncio, hoje pela manhã,  pelo menos 500 professores do município realizaram um grande protesto em frente a secretaria de educação, bloqueando a entrada da SMED. Os guardas municipais, também servidores públicos, reprimiram a manifestação usando spray de pimenta e agiram com truculência em relação a professores e professoras.

Uma plenária da educação está sendo chamada para amanhã (dia 23/2) às 15h no CPERS e uma assembleia dos professores para o dia 3/3. Esse é apenas o primeiro ataque de Marchezan e é muito significativo que os professores tenham reagido. É hora de unificar a categoria para lutar contra este decreto. A melhor forma de resistir aos próximos ataques que virão é se aliar aos movimentos que estão convocando protestos nacionais no dia 8/3 e 15/3.

Confira abaixo a nota pública dos professores em luta:

A VERDADE SOBRE A REDUÇÃO DAS AULAS NO MUNICÍPIO

Nota de repúdio das direções das escolas da Rede Municipal de Ensino, da Associação dos Trabalhadores em Educação Municipal de Porto Alegre (Atempa) e do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), às mudanças impostas pelo prefeito, Nelson Marchezan Jr. no Regime Normal de Trabalho do Magistério.

Nós, diretoras e diretores das escolas municipais de Porto Alegre, em conjunto com Simpa e Atempa, temos a responsabilidade de esclarecer:
– O Decreto nº 19.685, de 21 de fevereiro de 2017, implicará na redução do atendimento à jornada dos estudantes nas escolas municipais, ao contrário do que foi dito pelo secretário de Educação, Adriano Naves de Brito, na reunião com as direções de escola no dia 21/02, e do discurso do prefeito divulgado na imprensa;
– os professores estão sendo convocados a trabalhar quatro horas por turno, portanto os alunos ficarão sozinhos, das 7h30min às 8h, e, das 12h às 13h30min;
– a escola estará aberta à comunidade desde as 7h30min, mesmo sem o acompanhamento dos professores, o que caracteriza uma precarização da educação e uma irresponsabilidade social;
– consideramos que esse tempo na escola, sem professores, diminui a qualidade na educação e colocando os alunos em risco e em situação de vulnerabilidade.

VOCÊS, PAIS E MÃES, FICARÃO TRANQUILOS COM SUA FILHA E FILHO SOZINHOS NA ESCOLA 30MIN NO INÍCIO DE CADA TURNO?
Nós defendemos a educação pública e gratuita, de qualidade social e pedagógica. Acreditamos que, para isso acontecer, é indispensável um processo democrático de construção junto às comunidades, em parceria com os conselhos escolares e nossas entidades representativas.
Como isso não aconteceu em nenhum momento, manifestamos nosso repúdio às imposições do Executivo Municipal.

Foto: Matheus Balardin