Elas foram mais de 300 mil para se manifestar na Polônia pelo direito ao aborto.
Elas estavam em greve na Islândia para obter a igualdade de salários.
Elas estavam em greve na Argentina contra as violências.
Elas eram milhões contra Donald Trump.
Na França, elas foram dezenas de milhares para manifestar
contra a Lei El Khomi, logo na ação do 7 de novembro passado às 16h34
por a igualdade de salários;
em todos os lugares,
ELAS CONTINUAM A LUTAR POR SUAS CONDIÇÕES DE TRABALHO.
CHAMAMOS A AÇÃO E A GREVE
PELOS DIREITOS DAS MULHERES NO 8 DE MARÇO
A jornada do 8 de março não se comemora com um presente ou uma flor no local de trabalho.
Como jornada internacional pelos direitos das mulheres, é uma jornada de luta pela igualdade.
Em 2017, o contexto político e social, internacional como nacional, não oferece descanso para todas e todos os que trabalham por mais igualdade e justiça social. A banalização das ideias da extrema direita, o avanço dos conservadores nas eleições (no EUA mas também em vários países de Europa) são sinais preocupantes para os direitos das mulheres e para os direitos das populações que devem fugir das guerras, da tirania, da homofobia ou simplesmente da miséria.
Na França, o contexto político e social com as últimas leis (Reforma Trabalhista, Lei Macron, Lei Rebsamen…), a represão aos movimentos sociais, assim como a banalização das ideias da extrema direita obrigam nossas organizações sindicais e feministas a se juntar para se opor à propaganda mentirosa e à retirada de direitos sociais para os assalariados, desempregados, precários, estudantes e aposentados/das.
A igualdade entre mulheres e homens é para nós obrigatória porque ela é parte do progresso social. Deixar perdurar as desigualdades entre mulheres e homens e continuar as violências contra as mulheres, é ser responsável pelo avanço de ideias retrógradas e dos partidos que as propagam. Medidas ambiciosas com recursos específicos devem ser realizadas de forma urgente. Mobilizações amplas, combativas e solidárias permitirão impô-las.
Em 2017, queremos pôr fim às desigualdades no trabalho, em quanto a salários, acesso a emprego, carreira, tempo de trabalho. Queremos igualdade salarial e revalorização dos salários nas categorias de maioria feminina.
Em 2017, queremos que seja garantido o direito ao aborto, à contracepção, cuja legitimidade é constantemente questionada. Queremos um acesso igual à saúde e serviços públicos com igualdade de tratamento para todos e todas.
Em 2017, queremos que acabem as violências sexuais e sexistas contra as mulheres: nos lugares de trabalho, no espaço público e em casa.
Em 2017, queremos políticas fortes contra os esterótipos de gênero: nas escolas, nos meios de comunicação, na vida pública e privada.
Em 2017, queremos a divisão de tarefas domésticas, dos serviços públicos responsáveis pela primeira infância, pessoas com deficiência e os idosos.
As mulheres continuam a serem pagas, em média, 25% a menos que os homens. Então significa que a cada dia, elas trabalham gratuitamente a partir das 15h40.
Portanto, chamamos para o dia 8 de março um dia de mobilizações e greves pelos direitos das mulheres.
Para rejeitar o trabalho gratuito e exigir a igualdade profissional, chamamos à paralisação no trabalho a partir das 15h40, na França e no mundo inteiro.
Vamos mostrar que as nossas lutas são necessárias e indispensáveis para a emancipação das mulheres e dos povos. Vamos mostrar que todas e todos nós devemos permanecer solidários, vigilantes e combativos para fortalecer nossos direitos adquiridos e obter novos.
8 DE MARÇO ÀS 15H40 : TODAS NA AÇÃO, TODAS EM GREVE
Primeiras assinaturas:
CGT, Colectiff Nacional Droits de Femmes, Femen, Femmes Egalité, FSU, Les Efronté-es, Oser le Féminisme, Planning Familial, Union Sindicale SOLIDAIRES, UNEF, …
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