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A morte nas ruas de Belo Horizonte
Publicado em: 20 de fevereiro de 2017
“Corpo estava sobre uma cama com um pano amarrado no pescoço”, diz a matéria do site de notícias. Com extrema transfobia até na hora da morte, o site continua: “Um garoto de programa foi encontrado morto dentro de casa, na Rua Passos (…). A vítima apresentava sinais de agressão e tinha um pano amarrado no pescoço”.
Para nós, ativistas LGBTs, a “vítima” tinha nome, era Mirella de Carlo, ativista trans que, dentre outras coisas, construiu um lindo ato em Belo Horizonte, no último dia 29 de janeiro, por ocasião da visibilidade trans. Mirella era muito conhecida por sua aguerrida militância e luta.
Mirella, Cristal e muitas outras travestis presentes no ato do dia 29 exigiam um simples direito, o direito às suas vidas, o direito de não serem mortas num país que é conhecido pelo ódio às LGBTs. Infelizmente, mesmo com toda a luta, o preconceito e o ódio a mataram.
Neste dia de dor e de luto, em que enterramos mais uma de nós, neste dia em que lembramos que nossas vidas nada valem, que nossos corpos vão muitas vezes das ruas para os sacos pretos dos IMLs, além de chorar, temos que lembrar que a morte de Mirella e de tantas outras não será em vão. Por ela, por nós e por todos os oprimidos, continuaremos a lutar pelas nossas vidas, para criminalizar a LGBTfobia e calar as igrejas e os políticos que nos condenam.
Assim Mirella viverá! Mirella de Carlo, Presente!
*Os autores são LGBTs e miitantes do MAIS
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