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BRASIL

Rafael Greca: higienização social, ameaça aos servidores e tarifa de transporte mais cara do país

Por: Evandro Castagna, de Curitiba, PR

O prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PMN), aquele que afirmou que “vomitou com cheiro de pobre”, começa a gestão demonstrando que não aceitará pobre no centro da cidade, próximo à sua mansão.

Greca, que é parceiro de Beto Richa (PSDB), começou a gestão fechando o guarda-volumes para moradores em situação de rua, na Praça Osório, região central, e logo depois, numa atitude simbólica, ordenou aos garis para lavar, isso mesmo, lavar a rua XV de Novembro que, segundo ele, continha até “fezes humanas”. Num gesto patético, ele mesmo participou da lavagem, pelo menos durante a presença da imprensa, para sair na foto.

Logo depois, iniciou uma caçada aos camelôs na XV de Novembro, em sua maioria estrangeiros e trabalhadores desempregados, vítimas da crise econômica, que lutam pra ganhar o pão de cada dia. O centro da cidade está tomado por policiais que fazem batidas sistemáticas, fundamentalmente em jovens, pobres e negros.

Segundo o Sindicato dos Servidores Públicos de Curitiba (SISMUC), o prefeito também prepara um pacote de austeridade para conter o que chama de “rombo nas contas públicas”. Para justificar o pacote de maldades, ele se utiliza de “contabilidade criativa” para inflar os números. Os alvos principais são os servidores públicos e seu fundo previdenciário (IPMC).

tabelaComo se não bastasse, o preço da passagem passou de R$ 3,70 para R$ 4,25. Curitiba terá a maior tarifa de transporte do país. Um aumento de 14,86%. Na Região Metropolita será de R$ 4,50.

O anúncio do novo valor foi feito pela prefeitura na sexta-feira (03) e passa a vigorar a partir de hoje, segunda-feira (06), data em que as frentes CWB Resiste e Frente Contra o Aumento do Transporte já marcam uma manifestação na Praça da Mulher Nua, a partir das 18h.

Mais do que nunca, é preciso construir uma Frente Única para resistir contra as medidas de austeridade tanto de Temer, quanto dos governos estaduais e municipais, que querem jogar a conta da crise dos ricos nas costas dos trabalhadores.