Por Vera Guasso, de Porto Alegre, RS
Esta segunda-feira foi um dia daqueles que ficarão marcados na história da classe trabalhadora gaúcha
Na praça da matriz estavam trabalhadores que provavelmente, nunca participaram de algum ato público tão violento, mas que em poucos dias estão fazendo a experiência com um governo do estado que não brinca em serviço.
A apreensão dos presentes na praça pelo risco iminente da extinção das fundações e a possibilidade de perda do emprego para centenas de trabalhadores foi se transformando em ódio, ao ver o aparato policial que foi deslocado para a frente da Assembleia Legislativa.
Em três momentos a violência descomunal do batalhão de choque, comandado de perto pelo Comandante da Brigada Militar, conseguiu dispersar os manifestantes que logo voltavam aos seus postos, pois não é pouca coisa que está em jogo.
Nesta terça a batalha continua, e lotar a praça não é só um obrigação para os trabalhadores que defendem seus empregos e a existência das fundações e empresas públicas, mas uma necessidade para todos e todas que sabem que uma derrota desta envergadura colocará no caminho o risco de outras derrotas.
Quanto ao governo Sartori e seus deputados, parceiros na Assembleia Legislativa, estes não fazem nada mais do que cumprir as ordens do poder econômico, dos grandes empresários, os mesmos que são os grandes devedores e sonegadores de impostos.
A crise econômica criada pelo capital para ser superada, pela ótica deles, precisa acabar com empregos, com direitos históricos para garantir mais dinheiro para as grandes empresas.
O Governo Sartori é a soma do Brito mais a Ieda. Ele não está para brincadeira, pois quem o colocou lá está cobrando a fatura.
Nesta terça-feira temos mais uma batalha. Só a luta pode derrotar e colocar para fora estes canalhas que querem destruir o presente e o futuros de milhares de trabalhadores e da população mais pobre que necessita dos serviços públicos.
Foto: Guilherme Santos/Sul21
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