Por: Antônio Brunheira, de Campinas, SP.
Foi dada a largada do mandato feminista de Mariana Conti (PSOL) para a Câmara de Vereadores de Campinas. Única mulher eleita num dos espaços mais conservadores do país – conhecido pela moção de repúdio ao ENEM por incluir na prova uma questão sobre Simone de Beauvoir, e pela moção de aplausos à eleição de Donald Trump – Mariana terá o grande desafio de representar ali as lutas do povo trabalhador, da juventude e dos oprimidos.
Nesse sábado (17/12), na Associação Campineira de Imprensa (ACI), realizou-se a primeira plenária de seu mandato coletivo. Com a presença de diversos ativistas, movimentos sociais e organizações políticas da esquerda campineira, foram discutidos os primeiros desafios e as perspectivas de ação do mandato eleito por 6956 votos. Foi ressaltada a necessidade de se elaborar um projeto de cidade que atenda aos interesses dos mais pobres, mas que também se posicione nitidamente contra os ataques aos nossos direitos, tanto na cidade como no país.
O MAIS Campinas esteve presente e apontou a importância de que o mandato de Mariana esteja colado às lutas cotidianas da juventude e da classe trabalhadora, atuando como um ponto de apoio para as mesmas dentro da Câmara. Que esteja também a serviço da construção de uma Frente de Esquerda e Socialista na cidade, buscando aglutinar todos aqueles que se colocam em oposição à direita tradicional – representada por Jonas Donizete, Geraldo Alckmin e Michel Temer – e que acreditam ser importante superar a experiência petista, através de uma nova prática política baseada na independência de classe e num programa comum que aponte uma saída socialista para a crise brasileira.
Saudamos o espaço, e desejamos que plenárias como essa sejam frequentes ao longo dos próximos quatro anos. Esse é o caminho para a construção de um mandato coletivo da esquerda radical de nossa cidade.
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