Por: Karen Capelesso, João Zafalão e Vitor Rollin Prudêncio
Nesta segunda-feira (5), fomos surpreendidos pela notícia de que a companheira Vanessa Fernandes, do Sinte Florianópolis, foi notificada por processo administrativo por organizar no Instituto Estadual de Educação, maior escola do Estado, um debate sobre a PEC 55, no dia da votação no Senado Federal. A ação foi justificada porque a dirigente sindical estaria fazendo parte de atividades sindicais durante o período em que está de atestado médico.
Sabemos o quanto a profissão de professor é desgastante e insalubre, causa diversas doenças físicas e mentais. Além disso, a direção se utiliza desta prerrogativa para tentar assediar com o objetivo de que a companheira não lute contra os ataques à educação e profissionais da área.
Vanessa é uma importante dirigente sindical, importante lutadora do movimento feminista que tem que enfrentar diariamente as barreiras do machismo na sociedade e no movimento sindical, sofrer com os ataques do governo golpista e agora ainda tem que responder a este ataque da direção. Não é coincidência que esta medida venha junto com a tentativa nacional dos políticos de controlarem os professores e professoras em sala de aula através da lei da mordaça.
Querem nos calar, assediar, perseguir e criminalizar, mas não vão conseguir. Assim como as bombas do governo Temer não calaram os lutadores e lutadoras em Brasília no dia 29, a perseguição política e o assédio moral não calarão os professores e professoras em Florianópolis. Este é o momento de todo o movimento sindical e político se unificar em torno da defesa de Vanessa Fernandes. Nós, do MAIS, nos colocamos a total disposição jurídica e política da companheira. Não nos calarão.
Foto: Reprodução Facebook
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