Da Redação
O texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 55), aprovada na Câmara dos Deputados como PEC 241, foi aprovada por 61 votos contra 14, em primeiro turno, nesta terça-feira (29). Mesmo em dia de comoção nacional e com forte protesto em Brasília, os senadores decidiram por votar a medida. A proposta pretende congelar gastos públicos, como saúde e educação por 20 anos. Parlamentares da oposição ao governo apresentaram destaques que estão sendo discutidos.
Com a decisão, a proposta irá ser analisada em segundo turno, previsto para ocorrer no dia 13 de dezembro. Para ser aprovada, pelo menos 49 de 81 senadores, três quintos dos parlamentares, precisarão ser favoráveis à proposta.
A aprovação aconteceu à revelia da forte manifestação que acontecia do lado de fora do Senado. Trabalhadores de diversas categorias, estudantes, movimentos sociais, centrais sindicais, entre outras organizações foram impedidas de acessar as galerias e acompanhar a discussão. Até jornalistas que tinham sido credenciados inicialmente, não conseguiram acesso. O presidente da casa, Renan Calheiros, e demais apoiadores da PEC estavam determinados à aprovação. Nem mesmo a tragédia que tomou o país foi suficiente para sensibilizar os parlamentares.
Forte repressão
Do lado de fora da casa, forte aparato policial foi disposto contra a manifestação que acontecia de forma pacífica. Bombas de gás lacrimogênio, spray de pimenta foram jogados contra os manifestantes. Há suspeita de várias pessoas machucadas como consequência da ação da polícia. Mais de 20 mil pessoas de todo o país se reuniram em Brasília, nesta terça-feira (29), para dizer não à PEC 55, a ‘PEC do Fim do Mundo’.
13 de dezembro deve ser novo dia nacional de lutas
Na data de 13 de dezembro deve ser colocada para votação novamente a PEC 55 no Senado, dessa vez em segundo turno. Movimentos sociais, organizações sindicais, entidades estudantis e ativistas devem novamente protestar contra a medida.
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