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Servidores enfrentam dura repressão e fazem Pezão recuar

Por: André Valuche e Cintia Teixeira, do Rio de Janeiro, RJ

Dia 16 ficará marcado como um dia histórico no Rio de Janeiro. Estava tudo preparado pelo governo Pezão junto com Jorge Picciani, presidente da Assembleia Legislativa do Rio de janeiro (ALERJ) e a maioria dos deputados. Com isso, iniciaria a discussão para aprovar o pacote de maldades em dezembro, medidas que se forem aprovadas vão penalizar os servidores e a população que mais necessita dos serviços públicos.

O Palácio de Tiradentes foi cercada pelas grades da vergonha. Um aparato repressivo foi montado com a presença da Força de Segurança Nacional, demostrando a dobradinha Pezão e Temer para ferrar o povo.

Nos cálculos do governo e dos deputados de sua base estava tudo dominado. O governo retiraria o confisco de 30% dos salários do pacote de austeridade e com o aparato militar daria conta dos manifestantes. Só que eles não contavam com a heroica resistência dos servidores. Mais de dez mil servidores da saúde, educação, bombeiros, segurança pública, unidos, enfrentaram o governo com uma tremenda disposição.

Derrubaram as grades. Ocuparam as escadas do Palácio Tiradentes. Foram duramente reprimidos e tirados de lá. Como numa guerra. Recuaram para voltar mais fortes e reocuparam as escadas. Emocionante.

A força dos servidores foi tão forte que criou uma fissura no batalhão de choque da PM. Dois soldados abandonaram a repressão para se juntar à manifestação. Um gesto muito importante na luta dos trabalhadores.

A força da resistência fez Pezão e Picciani recuarem. Os manifestantes conseguiram impor uma derrota nos planos do PMDB. Uma vitória parcial do movimento que fortalece mais a luta. Não podemos parar!

A batalha nas ruas abriu crise no governo. Pezão está atônito. Picciani critica abertamente o governo do seu partido e o Sergio Cabral, chefe da quadrilha, acaba de ser preso

Agora é hora de não sair das ruas. Precisamos dizer ‘Fora Pezão e Dornelles’. Vamos construir um plano dos trabalhadores contra a crise, para que os ricos paguem essa conta.

É preciso manter a unidade de todos os lutadores, não podemos nos dividir neste momento. Precisamos ter a clareza de que os nossos inimigos estão nos Palácios (das Laranjeiras e do Tiradentes). Nas ruas somos todos trabalhadores em defesa dos nossos direitos. Vamos intensificar, com um calendário de manifestações e paralisações. Nenhuma trégua ao governo do Pezão. Vamos participar do dia 25, dia nacional de lutas e paralisações e do dia 29 de novembro na grande caravana a Brasília . Nossa luta contra as maldades de Pezão é também uma luta contra a PEC 55 e as reformas de Temer. Todos estão de parabéns. Um belo dia foi escrito na história da luta da classe trabalhadora.