Por: Natália Russo, do Rio de Janeiro, RJ
Na manhã desta quarta-feira (16), trabalhadores demitidos das obras da Petrobras realizaram um ato no Edifício Senado, na Av. Henrique Valadares, Centro do Rio, atual sede da empresa, onde fica a diretoria e a Presidência. O Sindipetro-RJ e a Frente Internacionalista dos Sem Teto (Fist) estiveram presentes apoiando a manifestação.
A reivindicação principal é o pagamento dos direitos trabalhistas por parte da empresa Alusa e outras terceirizadas que há mais de um ano enrolam o pagamento, levando muitos trabalhadores à fome e desespero.
Outro tema é o questionamento aos desinvestimentos e privatizações que estão destruindo os empregos no Brasil. Muitas obras estão sendo realizadas na China. Os estaleiros já demitiram milhares. O Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, Comperj, em Itaboraí, onde trabalharam, não tem previsão de retornar normal funcionamento. Na Reduc, embora esteja caindo aos pedaços, não há contratação massiva para serviço de manutenção e obras de elétrica, mecânica e solda. No início do ano, um trabalhador caiu dentro do tanque que cedeu. A política da empresa de propaganda, de regras de ouro e acidentes zero, não condiz com essa situação.
É necessário uma retomada das obras com políticas sérias de educação e infraestrutura por parte do Estado. Isso só poderá ser alcançado com medidas que, ao invés de cobrar a fatura da crise aos pobres e trabalhadores, cobre dos 1% mais ricos, como os banqueiros. As decisões e políticas erradas não foram culpa dos mais pobres e não são eles que devem pagar essa conta.
Assista à entrevista com os trabalhadores, direto da manifestação
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