Por: Bia Pascarelli*, de Piracicaba, SP
Bater pra educar! As pessoas batem pra se vingar e pra machucar as pessoas.
A boa educação vem com quem tem paciência para a escuta e para o diálogo, independente de épocas vividas.
Ainda tenho minhas dúvidas se essa geração que discursa que apanhou e, por isso, hoje é tida como a geração exemplo, é de fato.
Há tantos problemas de ordem emocional e relacional que essa geração, que se diz educada deixa em seu legado alcoolismo, fazer parte da filosofia do ter para ser, apatia, não saber eleger seus representantes, depressão, fazer tudo que é “errado” escondido. Poderia citar inúmeros outros legados deixados. Confundem e não sabem o que significa garantia de direitos. As pessoas confundem ajudar arrumar a casa com exploração do trabalho infantil.
Há quem diga que a violência e a criminalidade de hoje se dão pelo fato de que as crianças e os adolescentes não podem trabalhar e de que a “proibição de bater” que resultou nisso. Não, não!
Esses problemas se agravam com a injustiça social proveniente de uma sociedade com má distribuição de renda e de lutas de classe, que não possui seus direitos básicos garantidos, pois não se investe adequadamente em políticas públicas para quem de fato precisa, como educação básica de qualidade, cursos profissionalizantes e outros e outros direitos violados.
Chega dessa velha historinha de que isso é fruto apenas da “desestrutura familiar da classe menos favorecida”, afinal as famílias da classe chamada vulgarmente de “A” são tão bem estruturadas?
As pessoas falam em amor à pátria. Que tipo de amor é esse a uma pátria que não respeita seus cidadãos?
Assuntos sérios tão banalizados! Como respeitar pais que exploram e abusam?
Notas baixas podem ser sintoma de que o sistema educacional está falido. E não ser merecimento de castigo.
Duvido que as pessoas que compartilham não deram celular, x box e tablet a seus filhos. O Brasil precisa é acabar com a ignorância e hipocrisia! Por um mundo onde os direitos sejam respeitados e assim também as pessoas se comprometam com seus deveres!
Não compartilho! NÃO Compartilho e não compartilho!
*Bia é professora da Rede Pública Estadual de São Paulo
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