A CSP-Conlutas participa da campanha de solidariedade internacional aos professores mexicanos que lutam contra os ataques do governo à Educação e vêm sofrendo fortes represálias.
Por: CSP-Conlutas
A mais recente contraofensiva da SEP (Secretaria de Educação Pública) daquele país é anunciar mais 21 demissões nesta segunda-feira (3) e mais de 300 notificações de rescisão ameaçando os grevistas que pararam as atividades por mais de três dias consecutivos no mês de julho passado.
Este ataque dá início a um novo momento de conflitos em zonas escolares, principalmente nas que estão sofrendo as represálias do governo.
Quatro escolas foram as primeiras a serem atacadas nesta fase. A da quinta sessão, Flores Magon, Tláhuac; a da terceira sessão, em Alfredo E Uruchurtu, em Pueblo Nuevo Magdalena; a da segunda sessão, José Lopez Portillo y Rojas, em Iztapalapa, e a da décima primeira sessão, em Mistérios. A nona sessão, onde atua o dirigente da CNTE (Coordenadora Nacional dos Trabalhadores em Educação), Francisco Bravo, também está na mira dos ataques.
Durante a realização do Encontro de Trabalhadores da Educação, em 29 e 30 últimos, no México, e do Encontro de Trabalhadores da Educação, no sábado 1 de outubro, a CSP-Conlutas se comprometeu a encaminhar uma expressiva campanha de solidariedade no Brasil e buscar realizá-la nos países participantes na Rede Internacional de Sindicatos.
“Desde a última reunião da Coordenação Nacional da Central em 19, 20 e 21 de agosto, foi aprovado cercar de solidariedade (moção que continua a ser encaminhada) esta greve e a luta contra a repressão aos professores mexicanos. Agora, precisamos reforçar esta campanha”, afirma a dirigente da SEN (Secretaria Executiva Nacional) da CSP-Conlutas, Joaninha Oliveira, que esteve nos dois encontros no México juntamente com os dirigentes Eblin Farage, presidente do Andes-SN e também da SEN, e João Zafalão, da Oposição Alternativa de São Paulo, entre outros.
A destruição da Educação
No México, desde 2013, o governo trabalha com uma proposta de mudanças na educação pública. Essa reforma prevê fechamento de escolas, demissões de professores, privatização das escolas, diferenciação salarial pela meritocracia.
Uma greve que desde o início do ano vem se arrastando, enfrenta forte repressão, mas não arrefece os ânimos dos trabalhadores.
“Esse projeto que tenta destruir a educação pública no México, que ataca também os serviços públicos, as estatais e a previdência social, não acontece somente no México, é internacional e precisamos nos unir para barrá-lo”, reforça Joaninha.
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