Membro do MTST atingido em desocupação no RJ teve bala de borracha alojada na perna

Da Redação

img_20161001_200649979
Líder do MTST logo após sair da Cidade da Polícia não conseguia andar sozinho devido ao ferimento Foto: Esquerda Online

O Esquerda Online noticiou, no último sábado (1), a desocupação violenta na comunidade conhecida como Skol, no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro.  Na manhã de quarta-feira (5), o coordenador geral do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto no Rio de Janeiro, Vitor Guimarães, atingido por bala de borracha durante a operação da polícia no local, teve que passar por cirurgia de emergência no Hospital Miguel Couto, para retirar o artefato.

Na desocupação, barracos foram destruídos, ativistas da mídia independente e o líder do MTST foram detidos. Vitor foi o último a ser liberado da Cidade da Polícia, para onde foi levado após passar pela UPA do Complexo do Alemão, devido ao tiro de bala de borracha que recebeu dos policiais, mesmo sem oferecer resistência.

Nossa equipe acompanhou a saída de Vitor da delegacia, que, em entrevista, chegou a relatar ainda sentir dores na panturrilha. Mas, apenas alguns dias depois, foi apresentado quadro de infecção no ferimento. Após realização de tomografia, foi constatado que a bala de borracha ainda estava na perna do ativista.

Em nota, o MTST falou sobre o caso e questionou o uso de armas consideradas não letais. “Isso evidencia mais uma vez que as chamadas armas não-letais apresentam sim riscos à vida dos manifestantes. Evidencia também a resposta que o Estado e a Polícia Militar de vários estados do Brasil tem dado ao povo que luta: ao invés do direito à manifestação a resposta tem sido tiro, porrada e bomba”, afirma a nota.

Assista à entrevista de Vitor ao Esquerda Online logo após ser liberado no dia da desocupação: