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EDITORIAL

Três razões para votar na esquerda

Falta apenas um dia para as eleições. Chegou a hora de definir em quem votar. Muitos ainda estão indecisos: as pesquisas demonstram que a intenção de voto não está consolidada. Isto é, uma parte significativa dos eleitores decidirá o candidato na última hora.

O escasso tempo de campanha, a injusta lei eleitoral e o poder econômico favorecem os candidatos dos ricos e poderosos – a disputa é desigual e antidemocrática. Mas ainda há tempo. Nesse sábado, a batalha pelo voto é fundamental. Cada posição conquistada hoje, cada apoio angariado e consciência tocada, fortalecerá a luta do povo trabalhador amanhã.

Por isso, o Esquerda OnLine apresenta três motivos para você votar na esquerda independente, quer dizer, nas candidaturas do PSOL, PSTU e PCB.

1º Defender os direitos dos trabalhadores

O desemprego no Brasil atingiu novo recorde em agosto – 11,8% dos trabalhadores estão desempregados, segundo o IBGE. São mais de 12 milhões de pais e mães de família que procuram e não encontram trabalho.

Em meio a esta situação dramática, o governo Temer (PMDB) quer aplicar uma série de ‘reformas’ para retirar direitos históricos dos trabalhadores. Estão na mira os direitos trabalhistas, a aposentadoria e os investimentos nas áreas sociais.

O voto nos candidatos que apoiam Temer dará força a esse pacote de maldades contra o povo. Em todas as cidades, as candidaturas do PMDB, PSDB, DEM, PRB, entre outras siglas da velha direita, estão comprometidas com os ataques aos direitos sociais e trabalhistas.

Portanto, se você é contra a retirada de direitos, não vote nos candidatos que apoiam Temer. E eles são muitos: Marta Suplicy (SP), Russomano (SP), Crivella (RJ), Pedro Paulo (RJ), João Leite (BH), Kalil (BH), Melo (POA), Marchezan (POA), ACM Neto (Salvador), Roberto Cláudio (Fortaleza) e um longo etecetera.

2º Impedir o avanço da opressão e da violência

As candidaturas da direita não querem apenas o sacrifício dos direitos dos trabalhadores, querem também aumentar violência sobre o povo negro da periferia, as mulheres e os LGBTS.

Por exemplo, o herdeiro escravocrata, João Dória (PSDB), defende em SP a criminalização da juventude negra da periferia. O filho do Bolsonaro (PSC), no Rio, faz uma campanha de ódio contra os oprimidos. O líder na pesquisa em Curitiba, Greca (PMN), disse que vomitou ao sentir “cheiro de pobre”. O Capitão Wagner (PMDB) defende guarda municipal com arma de fogo em Fortaleza. Esses são apenas alguns exemplos do que a direita quer fazer em todo país.

3º Fortalecer a esquerda independente, em alternativa ao PT

O atual avanço da direita no Brasil só foi possível em razão das traições do PT. O partido de Lula se entregou às mais promiscuas relações com a direita, a elite econômica e corruptos de todo tipo.

Enquanto foi útil, as classes dominantes apoiaram o PT no governo, afinal, como disse o próprio Lula, os grandes empresários nunca ganharam tanto dinheiro como nos governos petistas. Depois que Dilma perdeu apoio popular e base de sustentação política, a burguesia descartou o PT do poder por meio do golpe parlamentar – o impeachment.

Para enfrentar a direta, é preciso fortalecer as alternativas independentes da esquerda, para avançar na superação da falida estratégia de conciliação de classes do PT, que mesmo depois do golpe se aliou ao PMDB em mais de 600 cidades.

Por isso, defendemos o voto útil nas candidaturas do PSOL, PSTU e PCB nessas eleições. Estamos com Marcelo Freixo no Rio; Luciana Genro em Porto Alegre; Luiza Erundina em São Paulo; Vanessa Portugal em Belo Horizonte; Vera em Aracaju; Toninho em SJC e com as demais candidaturas que expressam uma alternativa à esquerda nessas eleições.

Foto: site Pragmatismo Político. 17 de setembro de 2016.