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BRASIL

5 motivos para não votar no Volmir Rodrigues (PP), o Gordo do Agendão, em Sapucaia do Sul, RS

Por: Bruno Cordeiro, de Sapucaia do Sul, RS

Estamos a alguns dias das eleições e grande parte do eleitorado ainda não decidiu seu voto. Diante da divisão entre Dr. Link (PT) e Marcelo Machado (PSB), o Gordo do Agendão poderia parecer uma opção. Citamos 5 motivos para o Sapucaiense não acreditar nesta falsa alternativa.

1 – O partido do Gordo é o mesmo do Maluf e campeão em casos de corrupção
O Partido Progressista tem mais de 30 parlamentares investigados na Operação Lava Jato. Para termos noção, o PMDB tem sete e o PT tem seis investigados. Somente no Rio Grande do Sul, o PP tem seis políticos envolvidos na Lava Jato, Jerônimo Goergen, Afonso Hamm, José Otávio Germano, Luis Carlos Heinze, Renato Molling e Vilson Covatti.

As acusações ao partido são graves. Só no esquema de desvio da Petrobrás, o PP é acusado de desviar R$ 358 milhões dos cofres públicos. E o PP é o partido do corrupto e reacionário Paulo Maluf, famoso pelas frases “Esse rouba, mas faz” e “Estupra, mas não mata”.

2 – Aliados do Gordo votaram a favor de aumentar impostos no RS e de aprovar a terceirização em atividade fim
Quando teve a votação do projeto que aumentou o ICMS no estado, os deputados Ernani Polo, João Fischer e Pedro Westphalen, todos do PP, votaram a favor do aumento de impostos, que só favorecia Sartori e os banqueiros que vivem da especulação financeira. Por outro lado, deixava a vida dos trabalhadores ainda mais difícil, já que o preço dos produtos e serviços só aumentaram.

Depois, 28 deputados dos 31 que o PP tem na Câmara em Brasília votaram a favor do Projeto de Lei 4330 que permite a terceirização para atividade fim. Trabalhando três horas a mais e recebendo em média 25% a menos, com menos direitos e benefícios e sindicatos mais fracos, os trabalhadores terceirizados são classificados pelos empresários como a série B dos empregados, o pior do trabalho precário no Brasil. Em função da combinação do machismo com racismo, os capitalistas usam o preconceito para ‘justificar’ essa maior exploração e, por isso, a maioria dos terceirizados são mulheres negras.

3 – O Gordo defende o fim da Secretaria de Direitos Humanos em Sapucaia
Está nas principais propostas de Volmir Rodrigues a extinção da Secretaria de Direitos Humanos, uma proposta equivocada e atrasada além de intimamente ligada ao caráter religioso que ele pretende dar ao mandato.

A secretaria tem papel fundamental nas políticas de combate ao preconceito, como o machismo, racismo e LGBTfobia. Não é de se surpreender que um parceiro de Luis Carlos Heinze pense nesta possibilidade.

4 – O PP é o Partido da ditadura. Não aceita crítica e é autoritário
Não é novidade o caráter autoritário e antidemocrático do Partido Progressista. Este nasceu de uma fração da ARENA, partido de apoio à ditadura civil-militar no Brasil. Além disso, o partido manteve em seus quadros durante muito tempo Jair Bolsonaro, o representante máximo do machismo e do autoritarismo. Para se ter um exemplo próximo do caráter autoritário do PP, em 2014 o Deputado Federal Luis Carlos Heinze, ex-prefeito de São Borja, fez a histórica declaração em que diz que quilombolas, índios, gays e lésbicas são tudo que não presta e propõe que os fazendeiros usem de defesa armada contra índios e quilombolas.

Em Esteio, poucas semanas atrás o candidato a prefeito pelo PP Leonardo Pascoal processou dois ativistas do grupo ‘Esteio da Esquerda’, pedindo até R$ 25 mil de indenização, por que estes distribuíam um panfleto criticando o PP de autoritário, corrupto e afirmando que Bolsonaro havia feito carreira no partido. Todas afirmações verdadeiras. O processo foi arquivado pela juíza.

5 – O Gordo do Agendão não separa política e religião
O Partido do Gordo do Agendão é famoso por ter uma grande bancada ligada à instituições religiosas. Não é preciso dizer que o Estado é laico e que existir uma bancada religiosa já é algo deprimente. Em Sapucaia do Sul, o caminho trilhado por ele é exatamente o mesmo. Volmir conta com o massivo apoio de entidades religiosas, inclusive disputando a influência da candidatura de Thiago Batista, o maior representante deste seguimento na cidade, com Marcelo Machado. Disputaque gerou muitas polêmicas envolvendo dinheiro e violência. Esta candidatura é representante da mistura clássica entre política e religião, que por diversos exemplos sabe-se que não deveria existir.

A candidatura do Gordo do Agendão não traz nada de novo, é a mesma política clientelista, elitista e excludente do partido que é dos mais fervorosos da base aliada de Sartori e Temer. Se o Gordo fosse bom, por que ele está em um partido com tanta gente ruim? Eleger Volmir Rodrigues aqui em Sapucaia vai aumentar a força do PP, o que a população de Sapucaia certamente não deseja fazer.