Daniel Wardil*, de Belo Horizonte, MG
No final de agosto e inicio de setembro os avisos prévios dos vigias demitidos pelo prefeito Marcio Lacerda (PSB) começaram a terminar. Tão logo as escolas ficaram sob a vigilância eletrônica terceirizada, arrombamentos, roubos e vandalismos começaram a acontecer em toda BH. Algumas escolas já foram invadidas mais de uma vez, UMEIs tiveram parte de seus equipamentos roubados e depredações já apareceram em escolas. Em um dos casos a escola foi arrombada para roubar as câmeras de segurança, equipamento que ainda nem foi instalado. Como o Sind-REDE/BH havia anunciado, sem os vigias, as escolas, UMEIs e o patrimônio público estão em risco.
Isso tudo ocorre para atender uma lógica privatista e desumana da gestão do prefeito Marcio Lacerda(PSB) que em meio ao aumento do desemprego colocou mais de 500 trabalhadores, mães e pais de família, no olho da rua. Muitos deles perto de aposentarem e que agora amargam o desemprego. Após as demissões muitos vigias vem apresentando problemas de saúde como depressão entre outros.
A vigilância foi substituída por sensores de movimento e monitoramento de uma empresa de segurança que conta com 4 motos e 4 carros e 1 telefone (informação repassada em reuniões com Diretores de escola) para atender todas as mais de 300 unidades educacionais de BH. Já aconteceu caso de uma escola não ser atendida pela empresa e o alarme ficou tocando, pois não havia equipe para o atendimento. Fatos assim demonstram que como suspeitamos nossas Escolas e UMEIs e o patrimônio público não estão seguras com o uso desses equipamentos.
É muito claro que o objetivo do prefeito Marcio Lacerda e seus parceiros (Délio Malheiros) nunca foi a economia ou a segurança dos equipamentos públicos, essa política claramente tem como objetivo repassar ainda mais verbas públicas para o setor privado e agora quem paga é a população e os trabalhadores em educação com a insegurança nas escolas e UMEIs. É preciso imediata recontratação de todos os vigias demitidos.
Assista à reportagem no link: Mais de 200 crianças ficam sem aula após UMEI ser invadida
*Wardil é diretor do Sind-REDE/BH. Texto foi originalmente publicado pelo Facebook do Sind-REDE/BH.
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