Por: Bernardo Lima, de Contagem (MG)

Os trabalhadores demitidos da URB TOPO, empresa prestadora de serviço que fechou as portas sem pagar os direitos dos trabalhadores, realizaram manifestação no Bairro das Indústrias, em Belo Horizonte. O objetivo dos manifestantes era atrasar a produção da Vallourec e forçar a empresa a assumir responsabilidade perante os trabalhadores.

A legislação prevê que a Vallourec é solidária nas pendências trabalhistas dos empregados terceirizados e, como a URB TOPO fechou as portas, ela é responsável pelo menos em pagar a multa rescisória, o FGTS e os salários atrasados. No entanto, já estamos no terceiro dia de manifestações e os trabalhadores seguem a ver navios.

O MAIS acredita que a luta número um é em defesa do emprego desses trabalhadores. A Vallourec se utiliza das prestadoras de serviços para pagar salários mais baixos, desrespeitar leis trabalhistas e dar condições de trabalho inferiores aos operários. O certo seria a empresa ‘assumir’ esses funcionários, primarizando o serviço que era executado pela URB TOPO e garantindo o direito ao emprego e salário.

É inadmissível que os direitos mínimos dos trabalhadores não sejam respeitados. Um empregado que é demitido tem o direito a fazer o acerto no sindicato, dando baixa corretamente na carteira e recebendo tudo o que a empresa deve, incluindo os salários atrasados e multa rescisória.

A luta da URB TOPO é uma por dignidade e sobrevivência. O apoio de todos os trabalhadores da Usina,sejam terceiros, ou diretos é fundamental para o triunfo do movimento.

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