Toda solidariedade à Deborah Fabri
Publicado em: 4 de setembro de 2016
Por Lucas Brito
Há 5 dias que, por todo o Brasil, ocorrem manifestações de rua. Gritos de Fora Temer têm sido cada vez mais intensos nas grandes capitais do país. Trabalhadores, estudantes, ativistas de movimentos sociais estão nas ruas contra o ilegítimo governo de Michel Temer, fruto das manobras reacionários do Congresso Nacional de corruptos e conservadores.
Temer foi levado à presidência da república por aqueles que querem fazer o trabalho sujo de jogar sobre as nossas costas os custos da crise econômica que eles criaram. Reforma da previdência, cortes nos gastos e congelamento do orçamento da saúde e educação por 20 anos, retirada dos direitos trabalhistas conquistados há um século pelos trabalhadores brasileiros. Essa é a cartilha do Ajuste Fiscal que estão planejando aplicar no Brasil nos próximos anos, a mesma que vinha sendo preparada pelo governo anterior do PT, mas que agora se pretendo aprofundar.
Como forma de tentar impedir a resistência popular, os governos, a começar por Temer, estão reprimindo duramente as manifestações. Tem sido assim todas as noites. Em SP a Secretaria de Segurança Pública inclusive chegou a tentar proibir a manifestação desse domingo na Avenida Paulista. Um completo absurdo!
Em SP no último dia 02 a Polícia Militar de Alckmin e Temer fizeram várias vítimas com suas bombas, balas de borracha, gás lacrimogêneo e prisões. Deborah Fabri, estudante da Universidade Federal do ABC e militante do Levante Popular da Juventude – LPJ foi gravemente ferida e perdeu a visão do olho esquerdo ao ser atingida por disparos da PM. Nós do MAIS nos solidarizamos com Débora e sua organização política, o Levante Popular da Juventude. A repressão sofrida por Débora atinge todas/os nós, pois mexeu com uma mexeu com todas/s.
Além disso, aproveitamos para declarar nosso mais profundo rechaço à declaração do professor universitário da UNESP, Jairo José da Silva, que disse: “se for petista, é boa notícia” se referindo à agressão sofrida pela estudante. Esse tipo de declaração é parte do mesmo repertório de discursos de ódio tão proferidos nos púlpitos do Congresso Nacional por figuras como Bolsonaro e Feliciano, mas também por setores da elite branca que foi às ruas de verde e amarelo esbravejar contra o PT pelos motivos errados. Sem dúvida a política de conciliação de classes dos governos do PT merece ser rechaçada. Mas quem está cobrando essa dívida somos nós da classe trabalhadora. E não é sobre isso que, provavelmente, José da Silva está falando.
Portanto, que saibam que não sairemos das ruas. A agressão sofrida por uma das nossas servirá de gás para seguirmos nas manifestações exigindo o Fora Temer, contra o ajuste e a retirada de direitos e pelo nosso próprio direito democrático de manifestação.
Top 5 da semana

brasil
Prisão de Bolsonaro expõe feridas abertas: choramos os nossos, não os deles
colunistas
O assassinato de Charlie Kirk foi um crime político
brasil
Injustamente demitido pelo Governo Bolsonaro, pude comemorar minha reintegração na semana do julgamento do Golpe
psol
Sonia Meire assume procuradoria da mulher da Câmara Municipal de Aracaju
mundo