Domingo contra Temer

Domingo, 04 de setembro, às 16h30, está marcado o ato na Paulista contra o governo ilegítimo de Michel Temer.  No Rio de Janeiro e em outras cidades do país também ocorrerão mobilizações. Façamos destes atos a revanche dos trabalhadores, do povo pobre e da juventude contra o retrocesso que tentam impor ao nosso país.

A Avenida Paulista foi palco, em 2015, de mobilizações inéditas na história do país. Um setor de ricos, brancos, com alta renda média foi às ruas com uma política, um programa e uma linha ideológica. Eles têm um projeto. A linha política era Fora Dilma. O programa era ajuste fiscal e retirada de direitos. A linha ideológica era culpar toda a esquerda e os movimentos sociais pelos erros do PT. Querem convencer as pessoas de que um governo da esquerda, de um metalúrgico, de uma mulher só pode mesmo terminar em corrupção.

É justamente por dar à velha direita esta bandeira que nós não perdoamos o PT. Uma opção desastrosa de se unir ao pior da política brasileira em nome da governabilidade abriu o caminho para esta mesma direita golpear o PT e voltar ao poder sozinha. Este é o governo Temer.

Não aceitaremos que a esquerda seja atacada pelos erros do PT. Sem nenhum sectarismo, lutemos todos juntos contra este governo ilegítimo. Vamos às ruas mostrar que nós temos outra linha, outro programa e outra ideologia. Nós precisamos construir um projeto.

Primeiramente, Fora Temer e nenhum direito a menos. Se neste ponto temos acordo, lutemos todos juntos. Mas o compromisso deve ser sério. Colocar todos os esforços da esquerda, unificar o movimento sindical com o movimento popular, colocar o movimento estudantil em marcha, articular uma agenda comum.

Construir uma saída dos de baixo para a crise econômica. Os de cima tem um programa. Precisamos ter o nosso. É urgente demostrar que as contas públicas não são deficitárias se pararmos de pagar uma dívida que não é nossa. Precisamos desfazer a farsa do déficit na previdência social.  Levantar um programa de medidas para que os responsáveis pela crise, os banqueiros e os grandes empresários, paguem a conta. Aliviar os tributos dos trabalhadores e da classe média e taxar as grandes fortunas. Enfim, construir o programa dos de baixo.

Também é urgente defender eleições gerais. É um desafio de toda a esquerda crítica ao petismo construir uma alternativa política unificada. É hora de enfrentar a direita, resistir ao retrocesso. Hoje é um primeiro passo. Vamos para as ruas.