A imagem de Débora Fabri com o rosto ensanguentado, e a noticia que a jovem ficou cega de um olho, virou símbolo da repressão que o governo Temer, com a colaboração de governos estaduais, vem praticando contra as mobilizações do ‘Fora Temer’.
Prisões, feridos, jornalistas agredidos são resultados de um uso desproporcional do aparato de repressão. Esse tem sido o script utilizado pela polícia militar e governos contra os atos que vem acontecendo nas principais capitais do Brasil nos últimos três dias.
A grande mídia apoiadora da manobra parlamentar reacionária , a burguesia e o governo Temer querem derrotar a resistência que se inicia contra seus planos de ajuste fiscal e ataques a direitos históricos dos trabalhadores.
Seus métodos já conhecemos. Foram largamente utilizados nas grandes mobilizações de junho de 2013. Terror de estado com uso de violência extrema para desmobilizar a juventude e os trabalhadores. E uma campanha de calúnias na mídia, como no Editorial da Folha de ontem, vinculando as mobilizações ao vandalismo de bancos e prédios públicos.
Seu objetivo é desmoralizar o movimento social e impedir qualquer tipo de simpatia da grande massa de trabalhadores que, até esse momento, tem assistido a crise política pela televisão.
A burguesia sabe que o estratégico neste momento é que o proletariado brasileiro, que não foi às ruas para defender Dilma Rousseff, continue paralisado. A narrativa construída pela grande mídia de reconstrução nacional, da necessidade do ajuste e das reformas, precisa ser derrotada.
Medir as forças nas ruas
Depois da tentativa do governo de SP de impedir a mobilização convocada pelo ‘Fora Temer e Diretas já’ neste domingo, na Avenida Paulista, foi confirmada a realização do protesto às 16:30 com concentração no vão do MASP.
A mobilização em SP e as manifestações que estão marcadas para o dia 7 de setembro em todo o país são uma primeira medida de forças organizadas contra os ataques planejados pelo governo ilegítimo de Temer.
É preciso a unidade de todos os movimentos sociais, os partidos políticos, centrais sindicais, movimentos de juventude, de opressões , de moradia e de trabalhadores sem terra. Somente assim é possível conseguir uma grande mobilização contra o governo ilegítimo de Temer e disputar a consciência dos trabalhadores para enfrentar os ataques apresentados pelo governo ilegítimo.
Mais do que nunca Precisamos transformar a centelha em fogo.
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