Por Matheus Gomes, de Porto Alegre
Em meio a forte chuva que caia na capital gaúcha no final da tarde de hoje, centenas de manifestações reuniram-se na Esquina Democrática (Esquina do Zaire) para denunciar o impeachment que se consumará nessa quarta-feira no Senado Federal. O ato percorreu as principais rua do Centro, cruzando a Borges de Medeiros e a Cidade Baixa.
Em frente a sede do PMDB, na Av. João Pessoa, os manifestantes realizaram escracho grifando as palavras “Fora Temer, Fora Melo, ratos”. A faixa de abertura do ato marcava o repúdio ao golpe institucional. Os manifestantes denunciaram o caráter de classe do impeachment com as palavras de ordem “não tem mulher, só tem patrão, esse governo é inimigo do povão”, “para barrar o ajuste fiscal, é fora Temer e greve geral”. A luta das mulheres se fez presente quando as manifestantes entoaram os gritos “nem recatada e nem do lar, a mulherada tá na rua pra lutar”.
É preciso ampliar a luta contra Temer e o Congresso Nacional
Nas primeiras horas do dia também rolou manifestação. Ativistas ligados ao MTST-RS, o Movimento Nacional da População de Rua, UJC, as moradoras e os moradores da Vila Dique e Ocupação Progresso e a Frente Povo sem Medo trancaram por uma hora e meia uma das principais vias de acesso à Porto Alegre, a BR-290, Freeway, gerando grande repercussão.
A partir de agora a resistência precisa de unificar. É fato que a política da direção do PT e da CUT nos últimos meses não priorizou as ações diretas para derrotar o impeachment, o ato de hoje foi importante, mas muito aquém da necessidade e das possibilidades dessas organizações. Nos locais de estudo, trabalho e moradia, é necessário que nos organizemos para barrar o ajuste fiscal, as privatizações e todo o pacote de maldade defendido por Temer e seus lacaios.
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