Por Daniel Tomazine
Nesta segunda-feira, 29/08, ocorreu um fato histórico no município de Duque de Caxias, na baixada fluminense: uma assembleia unificada dos servidores públicos. Se isto ocorreu antes,foi em uma época muito distante que foge à lembrança dos atuais servidores.
No momento em que Dilma Rousseff apresentava sua última defesa no Senado, as servidoras se reuniam em assembleia para organizar a luta contra a precarização dos serviços públicos e pelo direito básico ao salário.
Salário parcelado
Há 4 meses que o prefeito Alexandre Cardoso (PSB) parcela os salários dos servidores, em uma clara retaliação à greve da educação deste ano.
No entanto, o espírito dos servidores presentes na assembleia foi de não aceitar essa situação como normal. Se uniram profissionais da educação, da saúde e da guarda municipal. O próximo passo é ganhar mais adeptos nessas bases e nas outras secretárias.
Na assembleia unitária, foi aprovado um chamado à unificação de todas as categorias de trabalhadores, rumo à uma greve geral. A ideia é evitar a pulverização das nossas lutas somente pelas demandas imediatas de cada categoria.
O objetivo é somar com os carteiros, bancários e petroleiros, em campanha salarial neste semestre, para realizar uma mobilização que ponha contra a parede os projetos neoliberais do governo ilegítimo de Temer, seguido pelos governos estaduais e municipais.
Essa perspectiva de unificação da classe trabalhadora brasileira é fundamental se quisermos barrar, por exemplo, o PL257, a PEC 241, a entrega do Pré-Sal, a privatização do SUS e dos Correios e outros ataques.
Além disso, a assembleia deliberou um calendário de mobilização. Os servidores estão em estado de Greve, realizarão paralisações parciais e atrasos para que possam conversar com a população usuária dos serviços públicos. Está também programada uma greve de advertência de 24h.
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