Por: Francisco da Silva
A equipe do Esquerda Online conversou conversou com o professor da escola Jeferson Cavalheiro, militante do #MAIS sobre a invasão da PM. “As aulas transcorriam normalmente. Estávamos no segundo período (20h25). Com o meu período vago saí para lanchar e vinha a manifestação. Chegaram na frente da escola desesperados com a repressão policial. Tinha alguns alunos que estavam na manifestação e pediram para abrir o portão. A diretora abriu para os estudantes da escola e a manifestação entrou para o pátio e se dirigiram ao Hall de entrada. Nesse momento, eu fechei a porta interna e os policiais vieram com tudo para reprimir. Pularam os muros, abriram a porta interna e invadiram a escola descendo o cacete com tudo nos alunos, que não reagiram, e sim, estavam fugindo da repressão”, descreveu.
De acordo com o professor, os funcionários da escola e os estudantes se solidarizaram e também foram agredidos. “A diretora da escola desceu juntamente com alguns professores para ajudar a socorrer os alunos. A diretora e nós professores fomos agredidos verbalmente pelos policiais. Os policiais algemaram estudantes indefesos, chutaram a boca de uma menina já algemada e a pegaram pelos cabelos tirando seu turbante. Davam cacetada e chutes nos alunos de todas maneiras. Levaram alunos para o banheiro da escola para agredir e no pátio também. Subiram pelo andar de cima. Os alunos que estavam em aulas entraram em pânico geral. Os trabalhadores da rua que estavam na parada de ônibus em frente à escola foram agredidos mesmo que não tivessem na manifestação. Funcionárias da escola caíram. E também uma mãe que foi fazer matrícula, os policiais a prensaram no portão da escola”, continuou Jeferson.
Os alunos foram levados para a delegacia. De acordo com Jeferson, alguns professores, a direção da escola e manifestantes foram até o local. Na rua da delegacia encontraram mais repressão. A polícia utilizou de bala de borracha nos alunos que estavam de forma pacífica. “Alunos ficaram muito machucados. Os estudantes presos que foram levados para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) foram torturados com choques elétricos. Veio uma equipe de advogados populares e entrei em contato com o sindicato dos professores da rede estadual (CPERS), contou.
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