Por: Gibran Jordão*
No dia 10 de agosto, na sede do SINDSEP/DF, faltou cadeira para tantos ativistas, dirigentes e representantes de entidades nacionais que estiveram presentes na Reunião ampliada do Fórum dos Servidores Públicos Federais.
A maioria das intervenções apontou que há uma grande unidade da burguesia e da base parlamentar de Temer para votar projetos que causam perda de direitos e mais sacrifícios para os trabalhadores, em especial o funcionalismo publico.
A tramitação do PLC 257/16 e da PEC 241 avançou no Congresso nacional essa semana, mesmo sob protestos. A maioria dos deputados corruptos votou contra os trabalhadores sem nenhum pudor. Destaque para o deuptado Federal Nelson Marquezan ( PSDB) que chegou a chamar de vagabundos os manifestantes que estavam acompanhando os trabalhos da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.
Unidade em defesa dos direitos
As centrais sindicais (CSP Conlutas, CUT e CTB) compuseram a mesa de conjuntura da Reunião ampliada do Fórum dos Servidores Públicos Federais. Após um longo debate franco, polêmico e fraterno, o sentimento geral do plenário foi de que, mesmo nos marcos das diferenças sobre qual saída política deve ter o país diante do impeachment, é fundamental construir a unidade. Não em torno das análises, mas em torno das bandeiras de luta que interessa a classe trabalhadora.
Houve um amplo acordo da necessidade de colocarmos o bloco na rua unificados e, portanto, da importância de fortalecer o dia nacional de lutas convocado pelas centrais sindicais em defesa de direitos, empregos e contra o ajuste fiscal no dia 16 de agosto. Nesse dia, serão realizadas mobilizações, paralisações e protestos em todo país. A militância do MAIS defendeu essa iniciativa e fará todos os esforços para fortalecer esse dia nacional de lutas!
O objetivo é ampliar a unidade para além do funcionalismo federal. A articulação visa buscar iniciativas comuns com o funcionalismo estadual e municipal. Como também com os trabalhadores das empresas públicas e privadas que estarão em campanha salarial no próximo período. Em breve, será divulgada a data de uma grande caravana à Brasília que tem previsão para ocorrer no final de agosto ou início de setembro.
Ao final, foram aprovadas resoluções importantes e uma nota pública conjunta que expresse a unidade em meio à diversidade. A militância do MAIS defendeu o Fora Temer e Eleições Gerais. Porque não aceitamos o governo ilegítimo de Temer, mas também não queremos a volta do governo petista que também aplicou o ajuste fiscal. Ao mesmo tempo em que defendemos tal posição, deixamos claro que nossas diferenças em relação a esse tema não serão um obstáculo para construirmos a unidade para lutar e derrotar os planos de austeridade de Temer.
*Coordenador Geral da Fasubra
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