Por: Pedro Augusto, trabalhador da Petrobras e cipeiro da RECAP (Mauá-SP)
A cada semana, os petroleiros se deparam com mais uma rodada de ataques à empresa e aos seus direitos. Quando a imprensa não está passando a imagem de que todos os petroleiros são corruptos, como fez no caso do Benefício Farmácia, está mostrando a Petrobrás como um elefante branco.
No entanto, em 2015, os petroleiros aumentaram a produção de petróleo e gás natural, aumentaram o lucro bruto e a geração de caixa. O prejuízo da Petrobras é uma farsa a serviço da entrega do pré-sal às multinacionais, além da tentativa de vender os campos terrestres, as térmicas e a Transpetro.
Mas, verdade seja dita, esse plano não começou com Temer. O governo Dilma já havia iniciado essa onda de ataques. Não à toa, fizemos uma forte greve nacional em 2015 contra a perda de direitos e o desinvestimento. No entanto, o governo deposto, devido à sua crise, não estava conseguindo levar o ajuste na velocidade que o imperialismo desejava. Por isso, a velha direita patrocinou e articulou o Impeachment.
Já ficou demonstrado que não será possível mobilizar a categoria contra o governo Temer e seus ataques sem deixarmos claro que não estamos pelo “Volta Dilma!”. Por isso, a pauta que unifica os petroleiros não pode ser somente a luta contra o impeachment, junto com a FUP, mas sim uma greve nacional para derrotar o ajuste e as privatizações do Temer, mas que começaram com a Dilma. Só assim é possível unificar os petroleiros para lutar.
Entre os dias 21 e 24 de Julho, está ocorrendo o congresso da Federação Nacional dos Petroleiros, entidade que os assinantes do Manifesto #ArrancarAlegriaAoFuturo ajudam a construir. Vamos atuar no sentido de aglutinar um amplo setor, que esteja disposto a unificar a categoria em nível nacional para derrotar as privatizações e as reformas do Temer. É preciso uma frente de esquerda e socialista também na FNP, que coloque a federação na linha de frente do chamado pela unidade dos 17 sindicatos em uma greve nacional dos petroleiros.
É preciso unificar as campanhas salariais de petroleiros, bancários e Correios, todas com data-base em Setembro. Somente uma resposta unitária e organizada da classe trabalhadora pode evitar um novo patamar de exploração. Por isso é fundamental articularmos lutas e paralisações, rumo à greve geral.
Não à Privatização! Por uma Petrobras 100% Estatal, do poço ao posto!
Nenhum direito a menos!
Em defesa dos direitos, dos empregos e dos salários, greve nacional dos petroleiros!
Por um plebiscito popular em defesa do caráter estatal da Petrobras!
Auditoria da dívida da Petrobras!
Punição, prisão e confisco de bens de todos os corruptos com devolução para a PETROBRAS!
Retomadas das obras da Petrobras e um plano de obras públicas que garanta infra-estrutura e empregos!
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