A violência LGBT como consequência de uma política conservadora e atrasada

Por: Flávio Stonewall

Os casos de LGBTfobia no Brasil e no mundo são recorrentes.  Acontecem todos os dias e a toda hora. Todos os casos arrancam muita tristeza de quem quer uma sociedade que respeite e tolere as diferenças. As pessoas são vítimas do preconceito e de ódio. A LGBTFobia  precisa ser combatida. É necessário superar a tristeza do luto e da violência que sofremos com resistência e luta.  O Luto precisa virar Luta.

Em que pese muitos direitos democráticos tenham avançado no Brasil como, por exemplo, a possibilidade de casamento por pessoas do mesmo sexo, a adoção de crianças por casais homoafetivos, a entrada de figuras LGBT´s na mídia, no cinema e na televisão, o nosso país segue sendo uma terra onde mais se assassina LGBT´s no mundo.

Há um risco de uma pessoa ser assassinada no país simplesmente pelo fato de existir e de se assumir como LGBT. O dado mais recente marca que é um assassinato de LGBT por dia no Brasil. Os crimes de ódio e com requintes de crueldade correm o país e são muito pouco notificados. Não há qualquer política específica para geração de dados ou de proteção da população LGBT.

Mesmo sob este cenário é possível afirmar que o assassinato é a forma mais bárbara de violência aos LGBT´s, mas antes do assassinato são muitos episódios de violência. Os locais de estudo, de trabalho e de moradia da maioria dos gays, lésbicas, travestis, transexuais e bissexuais são espaços de violência gratuita contra essas pessoas.

Os casos de adoecimento mental entre a população LGBT também merecem atenção. Crises de ansiedade, depressão, fobia social e, até mesmo, tentativas de suicídio estão presentes na vida das pessoas LGBT´s.

Apesar deste cenário, os governos do PT passaram 13 anos tratando a causa LGBT como secundária e nunca olhou para esta realidade com a devida seriedade política. Lula, Dilma e o PT não fizeram nada para reverter a situação de agonia e de verdadeiro derramamento de sangue dos LGBT’s. Rasgaram as centenas de bandeiras de arco – íris quando não implementaram o Kit – Anti Homofobia nas escolas, quando não exigiram a criminalização da LGBTfobia no país que mais assassina LGBT´s, quando não deram uma medida protetiva a altura do sofrimento dos LGBT´s.

Uma Nova Organização que reflita a questão LGBT
Estamos empenhados na construção do MAIS. Queremos reunir centenas de LGBT´s em nosso país que estão revoltados, machucados e frustrados com a realidade política e com a sua situação de vida. Queremos chamar as bichas, as gays, as travestis, as bissexuais a nos conhecer! A se somarem conosco em uma nova e inédita experiência pela resistência contra esta ideologia e as políticas conservadoras que estão presentes em todas as partes do mundo.

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil