Yuri Lueska |
Em 1864, ao redigir a Mensagem Inaugural da Associação Internacional dos Trabalhadores Marx imprime um programa distinto, no seu conteúdo, do que escrevera em 1848 no Manifesto Comunista. Parte das conclusões conhecidas unanimemente como parte do programa inicial marxista estão ausentes no primeiro passo dado por Marx na AIT. Qual são os motivos do retrocesso programático da Internacional em relação a Liga dos Comunistas? O ensaio a seguir visa adentrar neste tema mapeando uma avaliação dos aspectos fundacionais da Associação Internacional dos Trabalhadores, assim como também os critérios de Karl Marx em suas intervenções neste fórum no momento de sua fundação[1].
As possíveis constatações deste pequeno estudo não são considerações fechadas por três motivos. O leitor encontrará resultados de um estudo inicial, com um objeto de análise específico: portanto, passível e carente de réplicas. Em segundo lugar, o autor entende o marxismo como uma totalidade aberta, ou seja, passível permanente de atualizações e revisões[2]. E por último, o presente ensaio faz coro com uma avaliação do historiador Marc Bloch, que ao se deparar com a veracidade do conhecimento histórico constata que a “incerteza está portanto em nós (contemporâneos e/ou historiadores), em nossa memória ou na de nossas testemunhas. Não nas coisas”[3]. Ou seja, a realidade passada é um fato imutável, o que muda são as possíveis interpretações desta realidade, uma vez que podemos partir de distintos documentos para averiguação, assim como métodos ou compreensões distintas.
Do manifesto à AIT
Esta investigação parte de uma constatação de Franz Mehring sobre um aspecto distinto do Manifesto Comunista (1848), e da Mensagem Inaugural da associação Internacional dos trabalhadores (1864) assim como do estatuto da mesma organização. Os três documentos são escritos por Karl Marx, todavia, por uma distância de 16 anos entre o primeiro e os dois últimos. Como assinala Mehring,
A maestria incomparável que o “Manifesto inicial e estatutos” revelam é baseada no fato de proceder de uma situação dada e, como Liebknecht inteligentemente assinalou, de conter as implicações finais do comunismo da mesma forma que O manifesto comunista.
No entanto, o “Manifesto inicial e estatutos” se diferenciavam do Manifesto comunista não apenas na forma: “É preciso tempo – escreveu Marx para Engels – antes que o movimento ressurgido possa se permitir a velha linguagem audaciosa. A necessidade do momento é: força no conteúdo, mas suavidade na forma”. Tinha também uma tarefa diferente. O objetivo da Internacional era unir todo o proletariado lutador da Europa e América em um grande exército, e dar a ele um programa que, nas palavras de Engels, deixaria a porta aberta para os sindicatos ingleses, para os franceses, belgas, italianos, espanhóis proudhonistas e alemães lassallistas. Para demonstrar a inevitabilidade da vitória final do socialismo científico, da mesma forma que no Manifesto Comunista, Marx se remetia ao desenvolvimento intelectual da classe trabalhadora, que resultaria de sua ação e organização internacionais.[4]
Segundo Mehring, Marx encarou tarefas distintas em 1848 e 1864, e subordinou o programa, pelo menos em 1864, frente as necessidades que constatou no movimento operário. O programa de 1864 deveria “deixar aberta as portas” para uma série de organizações e setores da classe trabalhadora, para que estes adentrassem a nascente Associação Internacional dos Trabalhadores, ou, como Alicia Sagra sintetizou: “agrupar em uma só organização trabalhadores com diferentes graus de desenvolvimento político”[5]. Esta é a tarefa que subordina o “Manifesto Inicial e os estatutos”, ou seja, o primeiro programa da Internacional comunista. Trata-se, evidentemente, de uma tática.
As comparações entre o Manifesto Comunista e a AIT não são privilégios de Mehring. Constam em comentários do próprio Marx, em textos de inúmeros autores, e em distintos prefácios da célebre obra de 1848. Num prefácio para a edição alemã de 1890, por exemplo, Engels apresenta uma breve comparação entre estes dois momentos:
O Manifesto tem sua própria história. Saudado com entusiasmo por ocasião de seu aparecimento pela vanguarda pouco numerosa do socialismo científico (…), foi logo colocado em segundo plano pela reação que se seguiu à derrrota dos operários em Paris, em junho de 1848, e proscrito “pela lei”, com a condenação dos comunistas de Colônia, em novembro de 1852. Com o desaparecimento do cenário público do movimento operário (…), também o Manifesto saiu da cena política.[6]
Segue, então, comparando o texto de 1848 com a fundação da Internacional.
Quando os operários europeus reuniram forças suficientes para um novo assalto ao poder das classes dirigentes, surgiu a Associação Internacional dos Trabalhadores. Seu objetivo era englobar, num único poderoso exército, todo o operariado militante da Europa e da América. Portanto, não poderia partir dos princípios expressos no Manifesto. Devia ter um programa que não fechasse as portas aos sindicatos ingleses, aos proudhonistas franceses, belgas, italianos e espanhóis ou aos lassalianos alemães. (…). Para o triunfo decisivo das ideias formuladas pelo Manifesto, Marx dependia unicamente do desenvolvimento intelectual da classe operária, o qual deveria resultar da comunidade da ação e da discussão.[7]
Como atesta o trecho citado, existia um objetivo de Marx ao redigir a Mensagem inaugural da Associação Internacional dos Trabalhadores (1864). Tal meta era englobar distintas esferas – algumas das quais já havia pelejado, como os prudhonianos – numa única organização. Isso se dá independente de uma possível posição em defesa de um partido único operário, pois, como afirma Engels, responde à problemas e características conjunturais. Já foi citado algumas linhas atrás, mas é importante lembrar que Marx escreve à Engels que é “preciso tempo antes que o movimento ressurgido possa se permitir a velha linguagem audaciosa”. Seu objetivo era “força no conteúdo, mas suavidade na forma”.
O que separa o Manifesto Comunista da fundação da AIT?
O Manifesto é também fruto de uma avaliação política, que tem suas primeiras premunições em 1840, de que um período revolucionário adentrava a Europa[8]. Tal revolução de fato ocorreu. No dia 24 de fevereiro uma insurreição toma Paris e dispara por todo continente (e, em alguns cantos do mundo) o que se nomeou Primavera dos Povos. Em março a revolução toma o Sudoeste Alemão, a Bavária, Berlim, Viena, Hungria e Milão. Como aponta Hobsbawm:
Além disso, 1848 foi a primeira revolução potencialmente global, cuja influência direta pode ser detectada na insurreição de 1848 em Pernambuco (Brasil) e, poucos anos depois, na remota Colômbia. Em certo sentido foi um paradigma de um tipo “de revolução mundial” (…). Foi ao mesmo tempo, a mais ampla e a menos bem-sucedida revolução desse tipo. No breve período de seis meses de sua explosão, sua derrota universal era seguramente previsível (…).[9]
Foi durante a revolução de 1848 que ocorreu o primeiro embate entre dois personagens que tornaram-se inimigos inconciliáveis desde então: a classe proletária e a burguesia. É, aliás, sob esse marco que Marx, logo após as explosões da Primavera dos Povos, avalia tal evento. No outono e inverno de 1849-1850, no seu exílio em Londres, Marx começa a redigir suas primeiras avaliações sobre as revoluções. Numa série de quatro artigos, publicados na Neue Rheinische Zeitung esboça suas primeiras avaliações. Interessante notar que nestes quatro artigos (posteriormente publicados em 1895 sob o título de As Lutas de Classes na França) é possível acompanhar uma mudança na avaliação de Marx sobre o processo. Se nos primeiros três artigos um otimismo que esperava uma nova iminente escalada revolucionária ainda estava presente, no quarto tais ilusões se dissipam. Todavia, uma avaliação de que a revolução fora derrotada, permeia nos três primeiros, mas é definitivamente cristalizada no último ensaio. O golpe de Luís Bonaparte, em 1851, acaba por coroar tal leitura.
Num primeiro momento é preciso elucidar que para Marx, a derrota de 1848 aponta estrategicamente a possibilidade da vitória do proletariado. Seria um momento, passível de revezes e reviravoltas onde estaria dada as condições globais da emancipação do proletariado. Em 1848, ainda não estava, e tal incapacidade histórica desta classe, neste período, torna o sucesso da revolução impossível, mas sua derrota forja a vitória no horizonte. Foi uma batalha cuja derrota foi inevitável, mas tal derrota abriu o precedente para uma vitória possível.
Portanto, a derrota de junho foi imprescindível para que fossem criadas as condições nas quais a França pôde tomar a iniciativa da revolução europeia. Só depois de mergulhada no sangue dos insurgentes de junho a tricolor se transformou na bandeira da revolução europeia – na bandeira vermelha!
E nós bradamos: A revolução está morta! – Viva a revolução![10]
A avaliação materialista-dialética, percebendo o mundo a partir das contradições, permite ao autor entender como uma revolução fadada à derrota pari as condições gerais da vitória da própria revolução. Mas nestes escritos, temos também, outra precisão que transformou o movimento socialista. Segundo Engels, são nestes textos que temos um avanço no programa histórico do socialismo revolucionário. A delimitação clara entre o programa socialista defendido por Marx e Engels e as demais correntes são anunciadas agora de forma categórica. Trata-se, evidentemente, de uma delimitação programática.
O que confere uma importância bem especial ao nosso escrito, além disso, é a circunstância de que ele enuncia pela primeira vez a fórmula pela qual um acordo geral de todos os partidos de trabalhadores do mundo resume sucintamente a sua exigência de uma nova organização econômica: a apropriação dos meios de produção pela sociedade. (…) Portanto, aqui se encontra formulada – pela primeira vez – a sentença pela qual o moderno socialismo dos trabalhadores se diferencia nitidamente tanto de todos os diferentes matizes do socialismo feudal, burguês, pequeno-burguês etc. como também da confusa comunhão de bens do comunismo tanto utópico como natural dos trabalhadores. Quando posteriormente Marx estendeu a fórmula à apropriação dos meios de troca, essa ampliação, que aliás, segundo o Manifesto Comunista, era óbvia, expressou apenas um corolário da tese principal.[11]
Como podemos concluir, a avaliação de que uma contrarrevolução se instaurou, não serviu para que Marx e Engels retrocedessem na sua estratégia. Aliás, frente aos desafios impostos pela luta de classes, souberam como interpretar a realidade, não de acordo com sua vontade, mas sim, segundo os rumos e as tendências da luta de classes. Reviram algumas avaliações, como por exemplo, a de uma Revolução iminente após junho de 1848, e rearmaram seu programa para intervir no mundo e disputar a consciência da classe trabalhadora.
O manifesto e seu sentido
O Manifesto apresentou ao mundo alguns dos alicerces básicos não só do materialismo dialético como do projeto de sociedade proposto pelos dois autores. É obvio que tais fundamentos não surgem na obra de 1848 inéditos. São frutos de uma elaboração já em andamento, conhecida por alguns, e frutos de algumas polêmicas públicas, como por exemplo a discórdia teórica entre Proudhon e Marx. O Manifesto foi uma encomenda feita pela Liga dos Comunistas, no seu congresso de 1847. Seria, portanto, um programa teórico e prático: uma plataforma política da Liga. Quase que simultaneamente à publicação, a revolução explode, e tão rápido quanto ela, a contrarrevolução assume sua forma. Na Prússia, a polícia descobre o Comitê Central da Liga Comunista, seus membros são presos, julgados e sentenciados: a Liga é formalmente dissolvida, e como o próprio Engels afirma, o Manifesto é relegado ao esquecimento.
Em 1872, já à luz da existência da AIT, dos movimentos de 1848, e da Comuna de Paris, Marx e Engels chegam à conclusão que “em certos pormenores”, o programa estava antiquado[12]. O espantoso crescimento econômico que a Europa testemunha a partir de 1850, um colossal desenvolvimento da indústria moderna, fevereiro e junho de 1848, a retirada de cena da classe operária pós primavera dos povos, esses elementos já apontam necessidade de rearmes programáticos. Mais tarde, a Comuna de Paris apontará outras avaliações também necessárias. A realidade impõe marcas, cicatrizes, experiências e limites, tanto positivos quanto negativos para a classe trabalhadora, e responder à essa constatação óbvia torna-se um pressuposto na ação de Marx e Engels.
Foi quando a classe trabalhadora, nas palavras do próprio Engels, “recobrou forças suficientes para um novo ataque às classes dirigentes”[13] que a AIT foi fundada. A própria Mensagem inaugural apresenta-se como uma leitura da conjuntura entre os anos de 1848 e 1864, ou seja, desde a contrarrevolução à fundação da Internacional. O retrospecto, primeiro sobre o aspecto econômico do mundo, contrapondo o crescimento do capital à estagnação das condições miseráveis de vida da classe trabalhadora, abre o espaço para construir uma caracterização das forças políticas da classe. A derrota de 1848 não é escondida. De maneira franca é exposta as perseguições ao movimento operário, o fechamento de jornais e a cassação às organizações. Mas não só. O marasmo e a apatia das massas são descritos, assim como a cooptação, e a troca que muitos trabalhadores ingleses fizerem, abandonando o classismo, para cruzar o oceano e enriquecer com o ouro descoberto em 1848 na Califórnia. A pauta política da Mensagem pode ser resumida em três aspectos. Primeiro: não basta as experiências das cooperativas inglesas, o operariado tem que conquistar o “poder político”. Segundo: classismo. E, terceiro: internacionalismo e solidariedade internacional[14]. Tudo isso subordinado à tática de aglomerar o maior número de setores, organizações e direções do movimento socialista. Para tal, como nos explica o próprio Engels,
essa associação formada expressamente para unir em uma só organização todo o proletariado militante da Europa e da América não podia proclamar de saída os princípios defendidos pelo Manifesto. A Internacional devia ter um programa suficientemente amplo para ser aceito pelos sindicatos ingleses, pelos adeptos de Proudhon na França, Bélgica, Itália e Espanha, e pelos lassalianos, na Alemanha. Marx, que redigiu esse programa que satisfizesse todos os partidos, confiou inteiramente no desenvolvimento intelectual da classe trabalhadora resultante da comunidade de ação e da discussão mútua. [15]
Marx, o dirigente
Foi em setembro 1864, no salão St. Martin´s Hall, que dois mil trabalhadores lotaram uma conferência, que provavelmente, nem o mais otimista deles, pressupunha o desdobramento. Entre eles estava Karl Marx, cujo grupo que reunia ao seu redor de sua influência, segundo Marcelo Musto, configurava provavelmente como a terceira força. Dois “grupos” constituíam de longe as posições hegemônicas: o sindicalismo inglês, que foi o motor da conferência, e os mutualistas, seguidores do Proudhon. Numa carta de Marx à Engels, onde este relata a conferência de St. Martin´s Hall, há uma interessante descrição da atuação dele naquele dia:
Um certo Le Lubez foi enviado para me perguntar se eu iria participar pour les ouvriers allemands (pelos os trabalhadores alemães), e, em particular, se eu estava disposto a indicar um trabalhador alemão para falar na reunião, e etc. Eu lhes indiquei Eccarius, que teve um desempenho excelente, e também estive presente, estava na mesa, mas na condição de ouvinte. Eu sabia que, nesta ocasião, “as pessoas que realmente contam” iriam aparecer, tanto de Londres e quanto de Paris, e por isso decidi renunciar a minha regra permanente e habitual de recusar tais convites.[16]
Nesta conferência foi eleito um comitê Diretor Provisório, com 34 membros. Entre eles, foi eleito Marx. Com alguma habilidade política ganhou a confiança dos membros e redigiu a Mensagem Inaugural e os Estatutos. Para tal, como apontamos anteriormente, abriu mão da linguagem e da plataforma do Manifesto para abranger os distintos grupos que se reuniram[17]. A Internacional teve uma vida de aproximadamente 19 anos. Começou com uma despretensiosa conferência convocada pelos sindicalistas Ingleses e acabou por se tornar o pesadelo das classes dominantes desde então. Muito embora o número de seus membros seja incerto, tanto pela escassez de dados devido a repressão quanto pelos critérios, estima-se que chegou a cifras consideráveis. No auge, chegou a ter 50 mil membros na Inglaterra, 6 mil na Suíça, mais de 30 mil na França e na Bélgica, 4 mil dos Estados Unidos e mais de 10 mil na Alemanha; 30 mil na Espanha e na Itália cerca de 25 mil. Na Dinamarca e no Império Austro Húngaro teve em cada país menos de dois mil. E na Holanda, Portugal e Irlanda, menos de mil. Por exceção na Inglaterra, cujo o pico foi em 1867, todas as demais seções atingiram seu auge depois de 1870.
Junto com uma dinâmica razoavelmente crescente desta associação, vemos a influência de Marx consideravelmente maior. Se no seu primeiro encontro, em 1866, figurou silencioso, em 1874, ano de sua dissolução, Marx é a figura cuja doutrina é inquestionavelmente hegemônica. A Internacional, seu sucesso e o temor que causou, alçam a figura do pai do materialismo dialético assim como sua doutrina. Apresentam a primeira forma orgânica de organização da classe trabalhadora, que seguirá de exemplo para gerações futura. E, então, como nos lembra Engels, os princípios do Manifesto atingem -26 anos depois de sua publicação – imenso prestígio entre os trabalhadores da Europa.
O brilhantismo de Marx e Engels não se resume unicamente a doutrina que apresentam, ou ao projeto de sociedade que sintetizam. Ambos caminharam lado a lado com o desejo de massificar na classe trabalhadora o socialismo científico, assim como de organizá-la para sua necessidade histórica. Assim como tiveram a perspicácia de avaliar o mundo onde estavam não confundindo sua vontade com sua necessidade, enfrentando desafio por desafio para atingir seus objetivos. Termino com algumas breves palavras de Löwy:
Nada distingue mais Marx e Engels de alguns “marxistas” posteriores do que essa capacidade de corrigir e emendar pressuposições teóricas errôneas à luz da luta de classes[18]
BIBLIOGRAFIA:
BLOCH, Marc. Apologia da história, ou, O ofício de historiador. Rio de Janeiro: Zahar, 2001. p. 117.
ENGELS, Fredrich. Prefácio. In: MARX, Karl. As lutas de Classes na França de 1848 a 1850. Trad. Nélio Achneider. São Paulo: Boitempo, 2012.
HOBSBAWN, Eric J.. A era do capital, 1848-1875. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.
LÖWY, Michael. A política do Desenvolvimento Desigual e Combinado: A Teoria da Revolução Permanente; trad. Luiz Gustavo Soares. São Paulo: Sundermann, 2015.
MARX, Karl. As lutas de Classes na França de 1848 a 1850. Trad. Nélio Achneider. São Paulo: Boitempo, 2012.
_________. Mensagem Inaugural da Associação Internacional dos Trabalhadores. In: MUSTO, Marcello. Trabalhadores, uni-vos! : antologia política da I Internacional; trad Rubens Enderle. 1 ed. São Paulo: Boitempo, 2014.
_________. “Karl Marx to Fredrich Engels”, 4 de novembro de 1864. Acessado no dia 15-01-2015 15:36 em: http://marxists.catbull.com/archive/marx/works/1864/letters/64_11_04.htm. (Tradução do autor)
MARX, Karl; ENGELS, Fredrich. Manifesto do Partido Comunista. 2 ed. São Paulo: Editora Instituto José Luís e Rosa Sundermann, 2008
MEHRING, Franz. Karl Marx – A história de sua vida. São Paulo: Editora José Luís e Rosa Sundermann, 2013.
MUSTO, Marcello. Trabalhadores, uni-vos!: antologia política da I Internacional; trad Rubens Enderle. 1 ed. São Paulo: Boitempo, 2014.
PEÑA, Milcíades. O que é marxismo? Notas de iniciação marxista. São Paulo: Sundermann, 2014.
SAGRA, Alicia. A Internacional: Um permanente combate contra o oportunismo e o sectarismo. São Paulo: Editora Instituto José Luís e Rosa Sundermann, 2010.
[1] Importante salientar que o marxismo, não no sentido escolástico, mas sim entendido como ferramenta, não pode ser uma coletânea de “jurisprudências sobre táticas” a ser encaixada formalmente em realidades distintas. Não. Isto seria anacronismo infantil típico de seitas que travam uma disputa fraternal entre si para ganhar um suposto título de ortodoxia. Tais estudos servem apenas para compreendermos a lógica utilizada por socialistas que nos antecederam, para assim nos abastecermos de critérios e experiências. Assim sendo, quando a realidade nos afronta, não devemos recorrer à receitas prontas, mas sim à logicas de interpretação e ação.
[2] PEÑA, Milcíades. O que é marxismo? Notas de iniciação marxista. São Paulo: Sundermann, 2014.
[3] BLOCH, Marc. Apologia da história, ou, O ofício de historiador. Rio de Janeiro: Zahar, 2001. p. 117.
[4] MEHRING, Franz. Karl Marx – A história de sua vida. São Paulo: Editora José Luís e Rosa Sundermann, 2013. p.323
[5] SAGRA, Alicia. A Internacional: Um permanente combate contra o oportunismo e o sectarismo. São Paulo: Editora Instituto José Luís e Rosa Sundermann, 2010. p.14
[6] MARX, Karl; ENGELS, Fredrich. Manifesto do Partido Comunista. 2 ed. São Paulo: Editora Instituto José Luís e Rosa Sundermann, 2008. p. 25.
[7] Ibdem.
[8] LÖWY, Michael. A política do Desenvolvimento Desigual e Combinado: A Teoria da Revolução Permanente; trad. Luiz Gustavo Soares. São Paulo: Sundermann, 2015.
[9] HOBSBAWN, Eric J.. A era do capital, 1848-1875. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996. p.28
[10] MARX, Karl. As lutas de Classes na França de 1848 a 1850. Trad. Nélio Achneider. São Paulo: Boitempo, 2012. p.65.
[11] ENGELS, Fredrich. Prefácio. In: MARX, Karl. As lutas de Classes na França de 1848 a 1850. Trad. Nélio Achneider. São Paulo: Boitempo, 2012. p.12
[12] MARX, Karl; ENGELS, Fredrich. Manifesto do Partido Comunista. 2 ed. São Paulo: Editora Instituto José Luís e Rosa Sundermann, 2008. p. 8.
[13] ibdem, p. 15.
[14] MARX, Karl. Mensagem Inaugural da Associação Internacional dos Trabalhadores. In: MUSTO, Marcello. Trabalhadores, uni-vos! : antologia política da I Internacional; trad Rubens Enderle. 1 ed. São Paulo: Boitempo, 2014. p.70.
[15] MARX, Karl; ENGELS, Fredrich. Manifesto do Partido Comunista. 2 ed. São Paulo: Editora Instituto José Luís e Rosa Sundermann, 2008. p. 15.
[16] “Karl Marx to Fredrich Engels”, 4 de novembro de 1864. Acessado no dia 15-01-2015 15:36 em: http://marxists.catbull.com/archive/marx/works/1864/letters/64_11_04.htm. (Tradução do autor)
[17] MUSTO, Marcello. Trabalhadores, uni-vos! : antologia política da I Internacional; trad Rubens Enderle. 1 ed. São Paulo: Boitempo, 2014.
[18] LÖWY, Michael. A política do Desenvolvimento Desigual e Combinado: A Teoria da Revolução Permanente; trad. Luiz Gustavo Soares. São Paulo: Sundermann, 2015. p. 28.
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