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TEORIA

Os dirigentes e suas grosserias

Henrique Canary

É verdadeiramente alarmante a quantidade de queixas que são publicadas atualmente (principalmente em meios eletrônicos como o facebook ou blogs pessoais) sobre a extrema grosseria com que se tratam, muitas vezes, militantes dos movimentos sociais em assembleias, reuniões, debates, durante eleições sindicais ou estudantis etc. As agressões verbais ocorrem de todas as formas. Companheiras têm suas falas desrespeitadas em assembleias; dirigentes mais velhos do sindicato ou do DCE gritam e dão ordens de maneira autoritária aos companheiros e companheiras mais inexperientes. Enfim, todo tipo de atitude arrogante, violenta, machista e outros adjetivos não mais agradáveis. O que é curioso (e ao mesmo tempo ainda mais alarmante) é que nem sempre as grosserias se dão entre militantes de correntes adversárias. Ao contrário, muitas vezes os militantes de uma entidade ou organização são agredidos verbalmente e desrespeitados por seus próprios “dirigentes” (com aspas bem grandes, pois um dirigente de verdade não precisa ser grosseiro para dar uma orientação política). Na maioria absoluta dos casos (embora não em todos), nas duas pontas dessa relação estão um homem e uma mulher, ou um pessoa branca e uma negra, uma pessoa madura e outra jovem etc. Ou seja, são quase sempre relações desiguais. É claro que os dirigentes buscam justificar suas grosserias com o “calor do momento”, com a necessidade de responder rapidamente (e portanto ditando ordens) às manobras ou aos ataques da chapa ou organização adversária etc. Desculpa esfarrapada. A grosseria que impera hoje nos movimentos sociais não é mais do que uma expressão da degeneração geral que atingiu as relações humanas como um todo e que apenas se manifesta nesses episódios lamentáveis.

O tema é grave e ameaça com a desagregação de importantes organizações sindicais e estudantis, bem como com a ruptura de chapas e diretorias combativas, uma vez que a convivência com líderes autoritários, agressivos e arrogantes torna-se simplesmente insuportável para qualquer pessoa normal, e principalmente para os setores mais oprimidos. Terá o marxismo, não digamos uma teoria, mas pelo menos alguma experiência histórica capaz de jogar luz sobre esse problema e, com isso, ajudar as novas gerações de ativistas e lutadores sociais?

Trotski e a grosseria dos dirigentes

Para os que se debruçam sobre este problema pela primeira vez, pode parecer que o tema das grosserias é irrelevante ou secundário; que “o que importa é a política aplicada na greve ou no sindicato”. Não é assim. Ou, pelo menos, não era assim para os grandes dirigentes e clássicos do marxismo. A questão das grosserias tem uma história e é preciso contá-la.

Em 1923, Trotski escreveu um pequeno e instrutivo artigo intitulado “É preciso lutar por uma linguagem polida”. Nele, o então dirigente do Exército Vermelho, deixava por um momento de lado as “grandes questões” da NEP, da revolução alemã e da economia mundial para tratar de um assunto tão “banal”, quanto a grosseria e as agressões verbais entre cidadãos soviéticos. Dizia:

A grosseria de linguagem – em particular a grosseria russa – é uma herança da escravidão, da humilhação e do desprezo pela dignidade humana, tanto a alheia como a própria. (…) Mas a revolução é, acima de tudo, o despertar da personalidade humana em camadas que outrora nenhuma personalidade possuíam. Apesar de toda a crueza e sangrenta ferocidade dos seus métodos, a revolução é, sobretudo, um despertar do sentido humano; permite progredir, dar mais atenção à dignidade própria e à alheia, ajudar os fracos e sem defesa. (TROTSKI, 2009, pp. 54-55)

Sobre quem eram, pelo menos na Rússia soviética, as vítimas preferenciais da grosseria, Trotski não tinha dúvidas:

A revolução não é uma revolução se, com todas as suas forças e por todos os seus meios, não permite que a mulher, dupla e triplamente alienada, se desenvolva pessoal e socialmente. (…) Pode-se dizer que, regra geral (existem, sem dúvidas, exceções), as grosserias são dirigidas às mulheres e aos filhos, não só por parte das massas atrasadas, mas com frequência também por alguns da vanguarda e por vezes mesmo “dirigentes”. Não se pode negar o fato de que estas formas de expressão estão ainda vivas seis anos após Outubro, mesmo entre os “altamente colocados”. (TROTSKI, 2009, pp. 55-56)

Aqui, Trotski não está travando uma luta sobre um caso particular. Na verdade, como poderá se confirmar pela leitura do conjunto do ensaio Questões do modo de vida, ele busca incorporar na obra de construção socialista as camadas mais atrasadas das massas, e vê na grosseria dos dirigentes soviéticos um obstáculo importante, que gera medo e receio de tudo que venha do Estado e seu aparelho, o que por sua vez afasta e horroriza aqueles que mais deveriam participar da administração estatal: o proletariado explorado e oprimido da cidade e do campo.

Lenin e a última batalha contra Stalin

Mas se a batalha de Trotski contra a grosseria dos dirigentes tinha um sentido educativo geral, em Lenin esta mesma luta encontra um fato e um agressor concreto: Stalin e suas agressões contra os dirigentes do Partido Comunista da Geórgia e contra Nadezha Krupskaia, dirigente do partido bolchevique e companheira de Lenin.

Lenin considerava a luta contra a grosseria de Stalin tão importante, que achou necessário dedicar a ela o pouco de forças que lhe restava no final de 1922 – início de 1923, período em que Stalin já se encontrava no posto de secretário geral do partido bolchevique. As últimas cartas de Lenin abordam episódios onde a grosseria de Stalin apareceu com relevo. Além disso, em sua famosa “Carta ao Congresso”, conhecida também como “Testamento Político”, onde, consciente de seu afastamento iminente, dava as últimas diretrizes aos dirigentes do partido, o líder bolchevique considerou necessário introduzir, em 4 de janeiro de 1923, ou seja, dois meses antes de seu terceiro e último derrame, a seguinte nota, como um adendo ao texto base do “Testamento”:

Stalin é grosseiro demais, e este defeito, plenamente tolerável em nosso meio e entre nós, os comunistas, se torna intolerável no cargo de secretário geral. Por isso proponho aos camaradas que pensem a forma de passar Stalin a outro posto e nomear a este cargo outro homem, que se diferencie do camarada Stalin em todos os demais aspectos apenas por uma vantagem, a saber: que seja mais tolerante, mais leal, mais delicado e mais atencioso com os camaradas, menos caprichoso etc. (LENIN, 2012, p. 87)

Perceba-se que Lenin não faz qualquer crítica política ou à competência de Stalin. Considera, ao contrário, que a única razão para afastá-lo do cargo de secretário geral do partido é a forma grosseira e rude com que ele trata seus camaradas. Lenin é preciso: a questão torna-se mais grave porque Stalin ocupa um cargo superior, de máximo dirigente organizativo no partido. Isso faz com que seus modos grosseiros sejam razão suficiente para o afastamento.

Dois foram os episódios que motivaram essa dura observação de Lenin. Um de caráter político; e outro de caráter pessoal.

O primeiro foi o seguinte: Em novembro de 1922, o Comitê Central do Partido Comunista da Rússia enviou à Geórgia o também georgiano Sergo Ordzhonikidze para negociar com o Partido Comunista da Geórgia os termos do acordo que deveria formalizar a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, na qual a Geórgia entraria como república constitutiva. No entanto, o tema era delicado, já que os dirigentes georgianos concordavam com o conteúdo, mas não com a forma de ingresso na URSS, e exigiam mais garantias de autonomia no acordo da União. À medida que as negociações não avançavam, o clima da discussão foi se tornando cada vez mais tenso, até que, em dado momento, Ordzhonikidze agrediu com um soco um membro do CC do PC georgiano. O caso, sem precedentes na tradição bolchevique, foi motivo de uma investigação especial conduzida diretamente por Stalin e Dzerzhinski, (um georgiano e o outro polonês, respectivamente). Dzerzhinski, enviado à Geórgia para investigar o incidente in loco, em seu relatório, minimizou completamente a agressão cometida por Ordzhonikidze e culpou os georgianos (que eram as vítimas) pelo ocorrido. Segundo testemunhas, este grave incidente abalou profundamente Lenin e o alertou para as tendências nacionalistas grão-russas que se desenvolviam na cúpula do partido e no aparelho de Estado, como parte da terrível herança czarista.

Para Lenin, a questão georgiana era tão séria que ele estabeleceu, secretamente (ou seja, sem o conhecimento do Bureau Político), contato com os dirigentes georgianos agredidos por Ordzhonikidze, a fim de solidarizar-se com eles e preparar a luta contra Stalin e Dzerzhinski dentro do CC bolchevique. Paralelo a isso, também secretamente, enviou documentos e evidências sobre o caso a Trotski, com quem contava para que defendesse seus pontos de vista no Comitê Central. Infelizmente, o terceiro derrame o impossibilitou de iniciar essa batalha.

A última carta ditada por Lenin em vida trata justamente desse episódio e era endereçada aos dirigentes georgianos agredidos por  Ordzhonikidze. Lenin escreveu:

Carta a Mdivani, Makharadze e outros
(Rigorosamente secreto)
(Cópia aos camaradas Trotski e Kamenev)
Queridos camaradas!
Sigo com todo coração seu problema. Estou indignado com a brutalidade de Ordzhonikidze e com a conivência de Stalin e Dzerzhinski. Preparei para vocês umas notas e um discurso.
Com estima,
Lenin
6 de março de 1923. (LENIN, 2012, p. 127)

No dia 10 de março de 1923, o estado de saúde de Lenin piorou drástica e definitivamente, o que o impediu de preparar as notas e o discurso referidos. De qualquer forma, o fato de Lenin ter dedicado suas últimas forças a uma questão tão “simples” como uma agressão entre militantes, mostra a importância que ele dava a este tipo de assunto.

O outro episódio que demonstrou a brutalidade de Stalin no trato com os demais envolvia um aspecto pessoal para Lenin: a agressão verbal que Nadezhda Krupskaia, sua companheira, sofreu por parte de Stalin. As coisas aconteceram da seguinte maneira: No dia 21 de dezembro de 1922, Lenin, já muito doente, ditou, através de Krupskaia, uma carta a Trotski sobre o monopólio do comércio exterior. Stalin, que, segundo uma resolução do CC, havia sido pessoalmente encarregado de garantir o regime de descanso estabelecido pelos médicos para Lenin, ao saber do fato, telefonou para Krupskaia e ameaçou, com as palavras mais grosseiras, denunciá-la à Comissão Central de Controle por quebra de disciplina partidária. Dois dias depois do incidente, Krupskaia escreveu uma carta a Lev Kamenev sobre o assunto:

Lev Borisovich!
Ontem Stalin se permitiu dirigir-se a mim com as mais grosseiras palavras, por motivo de uma carta curtinha que me ditou Vladimir Ilich com autorização dos médicos. Não estou no partido há um dia. No curso desses trinta anos não escutei nunca uma só palavra grosseira de um camarada. Os interesses do partido e de Ilich [Lenin] não me são menos caros do que a Stalin. Neste momento tenho necessidade de um máximo de autocontrole. Eu sei o que se pode e o que não se pode falar a Ilich, pois sei o que o deixa nervoso e o que não o deixa. E de qualquer forma, sei melhor que Stalin.
Não me resta nenhuma dúvida quanto à decisão unânime da Comissão de Controle com a qual Stalin se permite ameaçar-me. Entretanto, não tenho forças nem tempo para perder numa comédia tão estúpida. Eu também sou feita de carne e meus nervos estão extremamente tensos.
Krupskaia
23 de dezembro de 1922. (in: LENIN, 2012, p. 124)

O interessante desta carta de Krupskaia é sua afirmação de que está no partido há trinta anos e nunca escutou “uma só palavra grosseira de um camarada”. Esta única expressão indica com perfeita nitidez o tipo de relação que os militantes bolcheviques mantinham entre si até a degeneração stalinista do partido.

Ao que parece, Lenin só soube da agressão de Stalin a Krupskaia no início de março de 1923, o que motivou sua ruptura pessoal com Stalin. Na véspera de seu terceiro derrame, Lenin escreveu ao agressor:

Carta a Stalin
(Rigorosamente secreto)
(Pessoal)
(Cópias aos camaradas Kamenev e Zinoviev)
Prezado camarada Stalin!
Você fez a grosseria de chamar minha esposa ao telefone e ofendê-la. Embora ela lhe tenha dito que estava disposta a esquecer todo o ocorrido, o fato chegou ao conhecimento de Zinoviev e de Kamenev (que souberam através dela). Não tenho intenção de esquecer tão facilmente o que foi feito contra minha pessoa, e não tenho necessidade de lhe dizer que o que for feito contra minha esposa eu considero também feito contra mim. Portanto, peço-lhe que reflita e comunique-me se está disposto a retirar suas palavras e a se desculpar ou se prefere romper as nossas relações.
Com estima,
Lenin
5 de março de 1923. (LENIN, 2012, p. 125)

Maria Volodicheva, secretária de Lenin, entregou esta carta a Stalin quase que imediatamente. Este, por sua vez, ditou uma breve resposta a Lenin, na qual manifestava sua disposição de se desculpar perante Krupskaia. No entanto, não há nenhum registro sobre se a carta de Stalin chegou ao conhecimento de Lenin ou não. Sua saúde já estava completamente abalada. Cinco dias depois, no dia 10 de março, Lenin teve seu terceiro e último derrame. Nunca mais falou, ditou ou escreveu.

As grosserias no movimento social brasileiro

Por que Lenin, insuspeito de qualquer romantismo quando se tratava das tarefas da revolução, atribuía tanta importância ao problema das grosserias por parte dos dirigentes, a ponto de romper relações pessoais e iniciar uma luta contra o secretário geral do partido bolchevique em base a esta única plataforma?

  Em primeiro lugar, por um problema prático: Lenin sabia que, sem a participação das amplas massas na administração do Estado soviético, não haveria socialismo, já que o socialismo implica, por definição, a auto-emancipação do proletariado. Nesse sentido, ao espalharem o medo e o espírito de subordinação e obediência cega, as grosserias da burocracia estatal russa atentavam contra a educação das massas e a sua incorporação nas tarefas de condução da sociedade soviética.

Mas havia uma outra razão, muito mais profunda: Lenin sabia que aqueles que pretendem construir uma nova sociedade devem carregar, pelo menos em gérmen, os traços mais elementares dessa sociedade futura. Aquele “despertar da personalidade humana”, do qual falava Trotski, era incompatível com a opressão, a grosseria, a rudez e a violência verbal, antessala da violência física. Lutar por um mundo novo significava necessariamente romper com a grosseria, essa expressão do “desespero, da irritação e, acima de tudo, de uma situação de escravo sem esperança e sem saída” (TROTSKI, 2009, p. 54-55). A luta pelo socialismo é uma luta pelo sublime e pelo belo, por novas e superiores relações humanas. E Trotski não se referia apenas aos membros do partido (que tinham mais obrigação ainda de serem delicados), mas sim a todos os cidadãos soviéticos conscientes, pois a construção do socialismo era uma tarefa de todos.

Sobre isso deveriam refletir os ativistas do movimento social brasileiro (principalmente os dirigentes) quando se trata do problema das grosserias entre companheiros (as) de luta. Nossa história tem um lado que nos orgulha e nos enche de esperanças: a heroica resistência do povo negro escravizado, as revoltas populares que assolaram o país em diferentes épocas, a grandeza e o peso de nosso movimento operário. Mas junto com o orgulho, carregamos muitas marcas. Pesa sobre os nossos ombros um passado imperial, escravocrata, patriarcal e senhorial. No Brasil, para nossa desgraça, o “mando” e a “autoridade” são bem vistos e valorizados socialmente. Todas essas características penetram profundamente no movimento social brasileiro, imprimindo-lhe certas marcas negativas, que lhe estorvam o desenvolvimento.

As grosserias em nossos movimentos sociais são, como dizia Trotski, “herança da escravidão, da humilhação e do desprezo pela dignidade humana”. Não é possível vencer sem combater esse vício odioso. Não é possível sequer construir um sindicato verdadeiramente combativo sem acabar com este mal que afasta os oprimidos, e “eleva” os “dirigentes” à condição de pequenos patrões, pequenos capatazes, pequenos senhores de seus pequenos feudos.

Para piorar, somos ainda “ajudados” por outro triste legado. Assim como a “grosseria russa” era uma herança do czarismo, a grosseria entre militantes nos movimentos sociais é uma herança do stalinismo. Uma herança suja e nojenta, que deverá ser extirpada como tudo que veio do stalinismo. E por que o stalinismo fez isso? Porque ele era o agente burguês dentro do movimento operário. E a burguesia sempre nos quis e nos quer assim: humilhados por nossos próprios companheiros, com medo de falar em nossos próprios sindicatos. A burguesia nos quer divididos e enfrentados uns com os outros. Quer que não confiemos em nossas próprias ideias, quer matar o rebelde que existe em cada trabalhador e trabalhadora. Se ela puder fazer isso indiretamente, por meio de dirigentes grosseiros e violentos, melhor para ela. Ninguém a culpará. Pior para nós. Seremos mais fracos.

O fortalecimento de qualquer movimento social requer uma outra atitude, uma atitude verdadeiramente solidária, de humildade e camaradagem, sem gritos, ordens, desqualificação e humilhações. Mais uma vez, as palavras de Lenin são um guia. Criticando as grosserias e as agressões de Ordzhonikidze e Stalin contra os dirigentes georgianos, o líder da revolução russa chama a atenção para uma certa atitude que todo lutador social deve ter nos casos em que esteja envolvida uma relação de opressão. Embora se refiram ao problema das nacionalidades oprimidas, as palavras de Lenin podem ser generalizadas, e assim nos ajudar a compreender melhor nosso objeto. Talvez seja de bom tom encerrar este artigo com esta citação, que deverá nos lançar à reflexão:

O que é importante para o proletário? Para o proletário é não só importante, mas uma necessidade essencial, gozar, na luta proletária de classe, do máximo de confiança por parte dos outros povos. O que falta para isso? Para isso é preciso não somente a igualdade formal. Para isso é preciso compensar de uma maneira ou de outra, com o seu trato ou com as suas concessões às outras nacionalidades, a desconfiança, o receio, as ofensas que no passado histórico lhes produziu o governo da nação dominante.
(…) a atitude verdadeiramente proletária exige da nossa parte extrema cautela, delicadeza e transigência.
(…) nada atrasa tanto o desenvolvimento e a consolidação desta solidariedade do que a injustiça no terreno nacional; e não há nada de mais sensível para os membros “ofendidos” de uma nacionalidade do que o sentimento de igualdade e a violação dessa igualdade por parte dos seus camaradas proletários, mesmo que essa violação seja por negligência ou por brincadeira. É por isso que, neste caso, é preferível exagerar quanto às concessões e à delicadeza para com as minorias nacionais, do que pecar pelo oposto. (LENIN, 2012, p. 84-85)
REFERÊNCIAS:
TROTSKI, Leon. Questões do modo de vida – A moral deles e a nossa. São Paulo: Editora Sundermann, 2009.
LENIN, V. I. Últimos escritos e Diário das secretárias. São Paulo: Editora Sundermann, 2012.