Pular para o conteúdo
TEORIA

1975 versus 2015: Vietnã, última expropriação sobre a burguesia

Enio Bucchioni

Foi a última vitória sobre a propriedade privada em algum país do nosso planeta. Foi a última revolução socialista. Foi a derradeira vez que o imperialismo foi derrotado política e militarmente de forma cabal e implacável. Em 1975, no Vietnã, ocorria uma vitória incontestável do proletariado, dos povos oprimidos de todos os quadrantes.

Nesses 40 anos gigantescos acontecimentos na luta de classes mundial mudaram o globo completamente. O objetivo desde texto é, essencialmente, fazer uma comparação entre as duas épocas, a de 1975 e a de 2015, bem como os motivos dessas mudanças, de modo que o leitor mais jovem possa refletir e tirar as devidas consequências políticas e práticas para a ação na atualidade.

A realidade de 1975 registrada pela revista Versus.

Em maio de 1979, na introdução do livro China x Vietnã produzido pela saudosa Versus, há um registro histórico de como os militantes dessa Editora compreendiam o contexto daquela época:

Toda uma geração, na qual nos incluímos, acompanhou durante longos anos a destemida e heroica luta dos povos da secular Indochina. Japoneses, franceses e, nas décadas de 60 e 70, os invasores imperialistas norte-americanos foram obrigados a bater em retirada, a debandar do Sudeste Asiático. Enfim, os povos do Vietnã, Laos e Camboja iriam decidir e reconstruir seus países e o seu próprio destino…. Podemos afirmar, sem receio de nos equivocarmos, que o Vietnã foi o exemplo seguido pelos povos negros de Guiné, Angola e Moçambique em seus enfrentamentos e vitórias contra a metrópole lusitana… Enfim, a libertação do Vietnã da dominação e ocupação imperialista marcou não somente a nossa geração como também ficará na História como um marco vital no começo do desmembramento do mais potente imperialismo jamais visto pela humanidade, o norte-americano. (MORENO, BUCCHIONI 1979)

Vale lembrar que em fins da década de 60 a palavra de ordem lançada pelo Che Guevara era totalmente pertinente e causava comoção em todas as partes do mundo: “Um, dois, três Vietnãs!”.

O prognóstico acima sobre o fim do império norte-americano parecia ser cem por cento verdadeiro, se a ele agregássemos vários outros fatos ocorridos durante aquele período. A queda da longa ditadura de Franco na Espanha, o fim das ditaduras no Brasil, Uruguai e Argentina, o fim da tirania de Somoza e a guerra civil na Nicarágua. No Chile, durante o governo Allende no início dos anos 70, o proletariado esteve perto de colocar um ponto final na dominação do Capital. Em Portugal houve até mesmo a possibilidade real de haver a expropriação da burguesia após a derrubada do regime semifascista de Salazar. Nas antigas colônias portuguesas em África, idêntica possibilidade de aniquilação da propriedade privada ocorreu, ficando o destino de Angola, Moçambique e Guiné nas mãos das direções guerrilheiras do MPLA, FRELIMO e PAIGC, respectivamente. O mesmo ocorreu com os sandinistas na América central.

Anos 70/80 e a luta contra as burocracias stalinistas

Some-se a tudo isso a situação da luta de classes na Polônia, onde houve greves operárias massivas entre 1971 e 1976, levando em 1980 os operários do antigo estaleiro Lenin a fundarem o Solidarinosc, central sindical que abrigava, nessa época, cerca de 10 milhões de pessoas, um terço do total da população economicamente ativa, com um eixo de luta contra a dominação da burocracia governamental stalinista. Na Romênia dominada pela monstruosa burocracia de Ceausescu, 30 mil mineiros fizeram uma magistral greve em 1977.

Todos esses acontecimentos, envolvendo muitas dezenas de milhões de proletários urbanos, camponeses e da juventude de países de vários continentes e hemisférios, no Ocidente capitalista ou nas burocracias do Leste Europeu, se sucederam num espaço de poucos anos anteriores e imediatamente posteriores à derrota política e militar do governo norte-americano no Vietnã, Laos e Camboja.

Assim, a introdução do livro editado pela Versus expressava e refletia o conteúdo político e a intensidade da luta de classes mundial existente naquela época. Era totalmente pertinente a perspectiva, a possibilidade, de ver em um horizonte relativamente próximo o fim do império norte-americano e, verdade seja dita, combinado com a perspectiva de feroz luta das massas contra o odioso regime stalinista em todo o Leste Europeu.

Não entrarei aqui, posto que não é o objetivo desse texto, nas razões políticas que determinaram a não expropriação da propriedade privada nos países listados acima, nem tampouco nos motivos que levaram, seja na antiga União Soviética, seja em toda a Europa Oriental, a não derrocada das ditaduras burocráticas e a sua substituição por ditaduras revolucionárias do proletariado.

No entanto, o fato real e verdadeiro é que desde 1975, com a entrada triunfante do exército liderado pelo Partido Comunista do Vietnã em Saigon, reunificando o país e proclamando a República Socialista do Vietnã, até hoje, nunca mais houve a expropriação da burguesia em nenhum país do mundo. Isso já faz cerca de 40 anos! E, ao contrário, na esteira da antiga URSS e do Leste Europeu, em vez de revolução política anti-burocrática,  anos depois veio a restauração do capitalismo no próprio Vietnã ,na URSS e em todo o Leste Europeu!

Anos 85/90 em diante: as restaurações capitalistas

Eu trabalhava no Sindicato dos Previdenciários de São Paulo em fins da década de 80 quando aconteceram todos os fatos relativos à luta das massas nos países sob a dominação das burocracias stalinistas no Leste Europeu e na antiga União Soviética. Escrevi um longo texto a pedido da então combativa diretoria desse sindicato sobre a luta dos trabalhadores na Polônia, a crise política nas altas esferas do Partido Comunista da União Soviética e o fim do stalinismo em toda essa região do mundo. Era óbvio que o estertor do stalinismo foi comemorado à exaustão, pois deixei por escrito que as massas proletárias poderiam voltar a ocupar o poder usurpado desde meados da década de 20 e haveria o retorno triunfal do leninismo-trotskysmo. Ou seja, abrir-se-ia uma nova etapa histórica extremamente positiva para os revolucionários bolcheviques. 

Uma vez mais, a realidade se expressou de maneira completamente distinta nos antigos Estados Operários burocratizados. Independentemente da análise histórica e factual do processo político nesses países , independentemente da data precisa onde começou a restauração capitalista em cada  país,  independentemente do papel    que o movimento de massas cumpriu ou deixou de cumprir em todo o Leste Europeu e posteriormente na China e em Cuba, o fato – e contra fatos não há argumentos-  é que nos países que abrigavam cerca de um quarto da população mundial retornou a propriedade privada e o capitalismo sob a batuta das próprias burocracias.

Do ponto de vista teórico, toda a batalha que Trotsky havia feito até mesmo contra setores do próprio trotskysmo  no final da década de 30, de defesa da URSS em função de sua base econômica aliada à necessidade da revolução política na esfera da superestrutura do regime, havia ido para o espaço. A base econômica havia sido restaurada sob o stalinismo, conforme possibilidade que o próprio Trotsky formulou com décadas de antecedência, em virtude da economia mundial ser dominada pelo imperialismo, da impossibilidade da construção do socialismo em um só país – ou em alguns poucos países atrasados-, da concepção de que, se a luta direta de classes se dá ao nível das fronteiras nacionais, seu desfecho último só pode se dar na esfera mundial.

Seguindo um mesmo rumo, Independentemente das formas distintas da restauração em relação à URSS e ao Leste Europeu, o capitalismo também retornou à China, ao Vietnã e a Cuba.

É como se o tempo tivesse andado para trás e retornado a uma época anterior à 1917, quando a possibilidade de haver países sem burgueses, sem propriedade privada dos meios de produção, fosse apenas uma proposição teórica de Marx e Engels, fosse apenas uma destemida convicção de Lenin e de Trotsky.

O mundo em 2015

Só quem tem hoje em dia cerca de 60 anos é que, em sua vida adulta, presenciou a vitória política e militar das massas vietnamitas e a proclamação da república socialista do Vietnã! Em consequência, nenhum jovem que atualmente milita em prol do socialismo é testemunha dessa gigantesca vitória do proletariado mundial. Em outras palavras, a juventude atual tem que ler nos livros ou em palestras dos militantes veteranos como se deu a última expropriação da burguesia no mundo, bem como mostrar como era o mundo e a luta de classes naquele período.  

Assim, para estes jovens da segunda década do século XXI, teríamos de didaticamente expor que não havia, no fundamental, propriedade privada nem capitalistas diretos em 32 países:

Rússia, China, Cuba, Vietnã, Alemanha Oriental (como era chamada antigamente, antes da reunificação com a Alemanha Ocidental), Armênia, Azerbaijão, Bielorússia, Estônia, Cazaquistão, Geórgia, Quirguistão, Kosovo, Bósnia e Herzegovina, Letônia, Lituânia, Moldávia, Tadjiquistão, Turcomenistão, Ucrânia, Uzbequistão, Albânia, Bulgária, República Tcheca, Eslováquia, Eslovênia, Hungria, Macedônia, Montenegro, Polônia, Romênia e Sérvia.

Esses países somam, atualmente, cerca de um bilhão e novecentas milhões de pessoas, ou seja, ao redor de 26% da população mundial. Esse número significa nove vezes e meio a população do Brasil em 2015. E, tudo isso, praticamente sem patrões, sem capitalismo, sem propriedade privada dos meios de produção!

Em síntese, por mais incrível que possa parecer, uma verdadeira ironia da História, nessas últimas décadas vimos renascer as burguesias russa, chinesa, vietnamita, alemã, tcheca etc. Junto a elas, os bancos privados, a entrada em massa das multinacionais, o florescimento da pequena-burguesia, o capital financeiro internacional, a dívida externa e tudo mais que conhecemos, por exemplo, no Brasil.

O que diria Trotsky sobre o fim dos 32 antigos Estados Operários?

Se fizermos uma pesquisa rápida pela internet observará que, em 2015, estão operando na Rússia várias das mais conhecidas empresas capitalistas multinacionais, como por exemplo: Ford, Volkswagen, General Motors, Renault, Citroen, Peugeot, Mitsubishi, Toyota, Nissan, Hyundayi Pirelli, Coca-Cola, Mc Donald’s, Shell, British Petroleum, General Eletric, Siemens, Google, Carlsberg, Danone, Henkel, o banco francês Société Generale, Citibank, Deutch Bank, Santander, Visa, Deltabank etc. A lista seria muitíssima mais extensa se a pesquisa abrangesse todas as multinacionais operando em toda a Rússia e nos demais 31 países que conformavam os Estados Operários. Deve-se ressaltar também que o imperialismo alemão é um dos maiores investidores estrangeiros e parceiro comercial da Rússia.

Em relação a defesa da continuidade dos Estados Operários, Trotsky assumiu posições cristalinas:

Defendemos a URSS por duas razões fundamentais. Primeiro: a derrota da URSS proporcionaria ao imperialismo novos e colossais recursos e prolongaria por muitos anos a agonia mortal da sociedade capitalista. Segundo: as bases sociais da URSS, liberadas da burocracia parasitária, podem ter um progresso econômico e social ilimitado, enquanto que as bases capitalistas não oferecem outra possibilidade que não seja a de uma maior decadência. (TROTSKY, p 203)

No mesmo texto, Trotsky dizia::

O nosso programa responde esta questão com um grau de concretização totalmente adequado para resolver a questão da defesa da URSS, isto é: 1) Aqueles traços que em 1920 constituíam uma ‘deformação burocrática’ do sistema soviético se transformaram agora num regime burocrático independente, que devorou os sovietes;2) A ditadura da burocracia, incompatível com as tarefas internas e internacionais do socialismo, introduziu  e continua introduzindo deformações profundas na vida econômica do país; 3) basicamente, no entanto, o sistema de economia planificada sobre a propriedade estatal dos meios de produção conservou-se e continua sendo uma conquista colossal da humanidade. A derrota da URSS numa guerra contra o imperialismo significaria, não só a liquidação da ditadura burocrática, mas também a da economia estatal planificada e o desmembramento do país em zonas de influência, em uma nova estabilização do imperialismo e um novo debilitamento do proletariado internacional. (TROTSKY, p 146)

Não tenho dúvida que hoje ele reafirmaria o mesmo conteúdo e concepção sobre o desaparecimento dos 32 antigos Estados Operários nas últimas décadas, ou seja, a restauração capitalista nesses países fez desaparecer por completo as conquistas colossais da humanidade.

Penso que , apesar das restaurações não serem fruto e consequência de uma guerra pelo imperialismo contra a antiga URSS, o conteúdo da citação demonstra qual o significado que Trotsky daria ao fim da economia planificada, apesar de que com ela perecesse a própria burocracia. Seria um erro pensar que, para Trotsky, a restauração seria bem-vinda se fosse de maneira pacífica, sem guerra contra o imperialismo, ou ainda, que a mesma seria uma grande vitória do proletariado porque simplesmente significou também o fim da burocracia. É preciso colocar esse fato numa totalidade: a realidade da restauração capitalista.

Por outro lado, é preciso considerar que, desde o ponto de vista social, o que de fato ocorreu é que, de uma ou de outra forma, o stalinismo e suas variantes burocráticas existentes nos demais países se transformaram, expressando o fenômeno de mudança de quantidade em qualidade. Ao deterem o poder político em seus respectivos países por décadas, essas camadas sociais beneficiárias da maior parte do excedente econômico, transformaram-se em classes sociais. Assim, os antigos burocratas são os novos burgueses. Essa foi, de fato, a última metamorfose política contrarrevolucionária das burocracias stalinistas.

Por isso, o mundo desses últimos 30 anos nada, absolutamente nada tem de similar aos períodos imediatamente anterior e posterior à derrota política e militar do imperialismo no Vietnã em 1975. Nessa época era possível visualizar o derrocamento final do capitalismo e o começo do fim das burocracias stalinistas. No entanto, o fim dos 32 estados operários materializou a previsão marxista de Trotsky, ou seja, uma nova estabilização do imperialismo e um imenso debilitamento do proletariado internacional.

A reunificação capitalista, mola propulsora do imperialismo alemão.  

O maior símbolo desse retrocesso, dessa derrota histórica do proletariado mundial e do fortalecimento do imperialismo, é exatamente a reunificação da Alemanha sob bases capitalistas, e não com a abolição da propriedade privada, como sempre o trotskysmo reivindicou e lutou.

Após ser derrotado em duas guerras mundiais, o imperialismo alemão, após a reunificação, ressurgiu com todas as suas garras sobre os povos da Europa, particularmente os da Grécia, Portugal, Espanha e Itália. Hoje, esse imperialismo já não mais usa os panzers para a sua dominação, mas sim o capital financeiro e a democracia-burguesa.

A propósito da reunificação alemã, em 2015, no passado dia 7 de julho, falando num evento na Baviera junto à Angela Merckel, Barack Obama expressou a relação entre os dois imperialismos:

“Apresentamo-nos como aliados inseparáveis em todo o mundo”. E, logo após acrescentou que a unificação da Alemanha, sob moldes capitalistas, evidentemente, “inspirou o mundo”, já que os Estados Unidos foi um dos países que contribuiu para a reunificação da Alemanha há 25 anos.

Evidentemente, se a reunificação alemã tivesse se efetuado sem a burguesia e a propriedade privada, o discurso de Obama seria muitíssimo diferente.

O mundo mudou de 1975 para cá. Via as restaurações, nosso inimigos, os imperialismos, tornaram-se muitíssimo mais fortes do que quando eu era jovem. As análises comparativas entre as duas épocas completamente distintas abordadas nesse texto não devem nos trazer tristezas saudosistas nem alegrias desmesuradas pelo fim do stalinismo. As análises servem apenas para a constatação dinâmica marxista de uma realidade, para melhor transformá-la em prol da luta pelo socialismo.

O realismo marxista é a premissa do otimismo revolucionário.

Constatar essa correlação de forças adversas desse período histórico após o fim dos 32 Estados Operários me faz relembrar um comentário de Trotsky

Para conquistarmos a confiança sólida e inabalável da maioria dos operários, devemos, sobretudo, evitar de lançar-lhes poeira nos olhos, de exagerar nossas forças, de fechar os olhos sobre os fatos, ou, pior ainda, de deformá-los. É preciso dizer o que é. Não chegaremos a enganar os nossos inimigos: eles tem mil meios de verificação. Mas, enganando os operários, enganamos a nós mesmos. Tentando parecer mais fortes do que somos, só nos enfraqueceremos. Não há nisso, caro camarada, nenhuma “falta de confiança”, nenhum “pessimismo. (TROTSKY, 1968)

E, Lenin, ao escrever sobre esse tema no livro A Doença Infantil do “Esquerdismo” no Comunismo, acrescenta:

“É evidente que os “esquerdistas” da Alemanha consideraram o seu desejo, as suas concepções político-ideológicas, como uma realidade objetiva. Este é o mais perigoso dos erros para os revolucionários”. (LENIN, 1960)

Ocorre, no entanto, que a realidade em qualquer época é a mesma de sempre: enquanto houver capitalismo haverá luta de classes. As lutas do proletariado, dos oprimidos, da juventude seguem em todos os quadrantes do mundo, como atestam, para dar apenas alguns exemplos recentes, os fatos vindos das dezenas de greves gerais na Grécia  que deram a primeira vitória eleitoral ao governo reformista do Syriza, dos inúmeros combates dos estudantes chilenos ou dos professores uruguaios, das inúmeras  lutas defensivas dos professores paranaenses aqui em nosso país, dos operários da Mercedes ou do funcionalismo público do Rio Grande do Sul entre tantos outros exemplos que poderiam ser citados à escala nacional e  mundial.

Compreender a luta de classes tal qual ela se apresenta na atual realidade não é equivalente a crer que somente podemos trilhar os caminhos do alargamento das liberdades democráticas dentro dos regimes democráticos-burgueses, como se a melhoria desse regime fosse um fim em si mesmo. Esse é um raciocínio infantil, ainda que várias organizações por esse mundo afora escolheram essa antiga concepção menchevique. Também é sumamente equivocado conceber que as revoluções sociais estão à espera do proletariado em cada esquina do mundo atual.

Porém, esse novo momento histórico obriga a todos os marxistas a refletirem  sobre antigos  temas estratégicos completamente reatualizados, como por exemplo,  a consciência das massas em relação à utopia socialista; a (in)existência das antigas Frentes Populares do tipo Allende ,Espanha e França da década de 30; a (in)existência da “hipótese altamente improvável” formulada por Trotsky; a relativa consolidação das democracias-burguesas até mesmo em países atrasados como o Brasil e a luta para a sua superação; os fenômenos ‘modernos’ tipo Syriza, Podemos, anarquismo; o ressurgimento e fortalecimento de ideologias e movimentos fascistas na Europa e em bem menor escala aqui no Brasil; os elementos de barbárie surgidos na região do Iraque e Síria  etc.

Finalizemos esse primeiro artigo com Trotsky em Revolução e Contra-Revolução na Alemanha:

É precisamente aquele que acredita no futuro revolucionário que não tem nenhuma necessidade de ilusão. O realismo marxista é a premissa do otimismo revolucionário.

Bibliografia:

BUCCHIONI, Enio; MORENO, Nahuel; Et Al. China X Vietnã – revolução chinesa e indochinesa, editora Versus, 1979, São Paulo.

LENIN, Vladimir. A Doença Infantil do “Esquerdismo” no Comunismo, Editorial Vitória, 1960, Rio de Janeiro.

TROTSKY, Leon. Revolução e Contra- Revolução na Alemanha, editora Laemmert, 1968, Rio de Janeiro.

TROTSKY, Leon. Em Defesa do Marxismo, Proposta Editorial, Sem data, São Paulo.