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TEORIA

Outubro na mira da historiografia (Parte 2)

Marcio Lauria Monteiro

Na primeira parte deste artigo vimos a forma que a hostilidade historiográfica à Revolução de Outubro assumiu no contexto do pós Segunda Guerra. Apesar de todo o esforço realizado por historiadores sociais, que assumiram o epíteto de “revisionistas”, para remover a “tese da continuidade” do seio da historiografia da Revolução Russa, esta retornou recentemente a tal campo de estudos sob nova roupagem, levemente distinta daquela dos cold warriors e reivindicando-se crítica em relação a tal vertente. Mesmo este retorno se constituindo até o momento enquanto uma tendência marginal dentro do campo da historiografia pós-Muro de Berlim, se faz essencial uma análise crítica da mesma, para evitar um novo empobrecimento intelectual, com a retomada de explicações deterministas e teleológicas.

Furet e o revisionismo neoliberal

Os proponentes da nova tese da continuidade, apesar de condenarem formalmente o paradigma totalitarianista utilizado pelos sovietólogos, reproduzem muitos de seus aspectos. Ao mesmo tempo, os mesclam com outro referencial, uma vez que se inspiram nas análises realizadas por François Furet acerca da Revolução Francesa de 1789. Pode-se afirmar que os pesquisadores com elas identificados, em especial Claudio Ingerflom e Bruno Groppo, buscam transpor para o campo da sovietologia alguns dos principais pressupostos teóricos formulados por Furet, mesmo que isso leve muitas vezes a análises contrafactuais e muito distantes do campo da História Social com o qual buscam certa proximidade em termos de credenciais historiográficas.

Furet foi um historiador bastante ativo no último quartel do século XX, tendo produzido diversos artigos acerca dos estudos da Revolução Francesa. Contou muito com a projeção midiática, que o aclamou enquanto “Rei do Bicentenário” ao longo das efemérides de 1989. Seu foco principal era a tentativa de estabelecer uma alternativa analítica às interpretações historiográficas que ele nomeou de “jacobino-marxistas” (representada por historiadores como Albert Soboul e Henri Lefebvre). Basicamente, inspirando-se nos estudos produzidos por Alfred Coban na década de 1950, Furet produziu uma revisão historiográfica que tinha como objetivo central questionar a caracterização de 1789 enquanto uma “revolução burguesa”. Partindo de tal releitura da Revolução Francesa, Furet buscou desconstruir uma série de paradigmas teóricos e políticos que se consagraram no século XX e se tornaram essenciais para compreendê-lo, como o próprio conceito de “revolução”.

A síntese da proposta historiográfica de Furet foi publicada na coletânea “Pensando a Revolução Francesa” (Penser la Révolucion française, 1978). Furet retomou autores como Alexis de Tocqueville, François Guizot e Augustin Cochin, apropriado-se de seus escritos de uma forma extremamente seletiva, com vistas a elaborar uma narrativa histórica que levasse à condenação da experiência revolucionária. Apesar de sua grande projeção midiática, o mesmo possuía pouco de novo a apresentar para a historiografia da Revolução, tendo se resumido principalmente a reinterpretar dados provenientes de trabalhos produzidos por historiadores que não compartilhavam de sua empreitada. Desta forma, suas propostas se concretizaram mais enquanto uma “denúncia política” do que uma revisão historiográfica embasada em pesquisa arquivística.

Na avaliação de Eric Hobsbawm, a elaboração intelectual de Furet e daqueles que a ele se juntaram era, acima de tudo, um “ajuste de contas” com seu passado marxista. Isso porque, após passarem pela luta antifascista na França, na qual os ideais Iluministas e Republicanos se fundiram e originaram uma identidade política radical de esquerda, assentada sob a “herança” de 1789, tais intelectuais almejaram substituir sua identidade pregressa por um liberalismo anticomunista, em um giro de 180 graus [1].

Em suma, ao rejeitarem a revolução enquanto um paradigma político da transformação radical, bem como enquanto uma categoria analítica para processos históricos, tais intelectuais se voltaram para a Revolução Francesa, a revolução por excelência, e buscaram desconstruí-la.

Mas essa empreitada não foi exclusiva do meio intelectual francês. Ela se insere em um movimento historiográfico mais amplo, criticamente nomeado de “revisionismo” – termo que aqui já assume um significado distinto daquele utilizado pelos historiadores sociais da Revolução Russa anteriormente mencionados, e que carrega um senso pejorativo, conforme largamente utilizado na tradição marxista.

Em um mesmo momento histórico, marcado pelas contrarrevoluções no Leste Europeu e pela queda do Muro de Berlim – portanto, pela ascensão do projeto neoliberal –, diferentes historiadores buscaram reinterpretar eventos marcantes do passado de seus respectivos países, compartilhando entre si um mesmo caráter apologético e referenciado no pensamento neoliberal do fim do século XX. Foi a partir dos embates que travaram com outros historiadores que receberam a nomenclatura de “revisionistas”, enquanto uma síntese dessas acusações. Sua principal característica é a compreensão da democracia burguesa enquanto o patamar mais elevado do fazer político, para além do qual (rupturas revolucionárias) não existiria senão catástrofe [2].

No caso de Furet, este utilizou o par conceitual continuidade-ruptura enquanto substituto para o conceito de “revolução burguesa”, que engendra o entendimento da Revolução Francesa enquanto uma radical mudança social, correspondente às necessidades objetivas da classe capitalista.

A partir das reflexões de Tocqueville, este encarava a Revolução Francesa enquanto um fenômeno assentado no princípio da continuidade, negando um caráter de revolução social e, portanto, de “ruptura radical”. No plano sócio-político, ela teria sido tão somente a aceleração de processos que já se faziam presentes sob a monarquia e que teriam sido plenamente realizados com o advento da República – entre os quais se destacariam, sobretudo, o desenvolvimento capitalista a partir do campo e a constituição de um modelo de poder administrativo centralizado (o chamado “Estado moderno”).

Ao mesmo tempo, esse princípio era complementado com a “concessão”, apropriada a partir de Cochin, de que de fato teria ocorrido uma mudança qualitativa (ruptura), mas que esta se limitava ao campo das mentalidades. Essa “concessão”, entretanto, equivalia a afirmar que a ruptura revolucionária não havia passado de uma construção, não tendo se dado na esfera das relações sociais – uma mera “ilusão da transformação”, ou “ideologia da ruptura radical com o passado”, criada pelos atores revolucionários e posteriormente reproduzida pelos historiadores com eles identificados de uma forma ou de outra [3].

Dessa forma, Furet negava a revolução enquanto fenômeno propulsor de transformações sociais, apresentando-a, na verdade, enquanto um feito desnecessário – já que sua “conquista” se limitaria a acelerar processos já em curso, porém de forma dolorosa via guerra civil. Frente a tais características apologéticas, portanto, é mais do que adequado classificarmos tal revisionismo de neoliberal.

A nova tese (neoliberal) da continuidade

Partindo desse arcabouço e de aspectos do consenso acadêmico sovietólogo (mesmo alguns já rejeitados de forma contundente pelas pesquisas das décadas de 1960-70), certos historiadores tem buscado realizar a mesma operação revisionista em relação à história da Revolução Russa. Uma boa fonte para se conhecer a empreitada dos revisionistas neoliberais que buscam reintroduzir a tese da continuidade no campo em questão é a coletânea “O século dos comunismos” (Le Siècle des Communismes, 2000, seguido de uma edição aumentada de 2004).

Le siècle reúne contribuições de diversos especialistas advindos de variadas áreas dos estudos sociais, como historiadores, antropólogos, sociólogos e politólogos – sendo a sua maioria pesquisadores franceses (ou alocados na França) e vinculados com o CNRS (Centre Nationale de Recherche Scientifique francês – órgão estatal de fomento à pesquisa das mais diversas áreas) e a instituições universitárias francesas. Abrangendo temas variados, a Le siècle se constituí enquanto uma obra heterogênea, o que significa que nem todos os pesquisadores reunidos em torno dela compartilham das análises inspiradas na produção de Furet acerca de Revolução Francesa (a coletânea inclui, por exemplo, textos de pesquisadores como Lynne Viola e Lewis Sigelbaum, identificados com os “revisionistas” críticos dos anos 1960 e mesmo um artigo do marxista Michael Löwy).

Os organizadores de tal obra alegam que ela representa um esforço de superação do quadro historiográfico francês, muito marcado pela obra coletiva organizada por Stéphane Courtois, “O livro negro do comunismo” (Le livre noir du communisme, 1997) e, por mais que possa parecer contraditório, pelo ensaio de François Furet, “O passado de uma ilusão” (Le passe d’une illusion – Essai surl’idée communiste au xxe siècle, 1995). Para eles, a historiografia influenciada por essas duas obras teria imprimido às produções historiográficas francesas uma abordagem marcadamente simplista, muito próxima daquela da sovietologia, contra a qual propõem uma abordagem multifacetada do fenômeno soviético em particular e das diversas experiências comunistas do século XX em geral [4].

Furet, entretanto, é largamente citado como referência nos textos presentes no capítulo acerca da Revolução Russa, organizado por Ingerflom (“Da Rússia à União Soviética”). Este e parte dos pesquisadores por ele reunidos nesse capítulo de Le siècle realizam uma transposição ao campo da historiografia da Revolução Russa e da União Soviética de alguns aspectos centrais que pautaram os trabalhos de Furet acerca da Revolução Francesa. Ingerflom chega mesmo a lamentar a contradição existente entre a forma como Furet encarou as Revoluções Francesa e Russa, buscando se diferenciar dos que seguiram os caminhos elaborados por ele em relação à segunda e propondo um resgate de seu revisionismo “original” [5].

Ingerflom defende, tal qual Furet fizera em relação à Revolução Francesa, que a Revolução Russa não seria uma ruptura significativa com o passado, voltando-se contra a tese segundo a qual Outubro seria o marco fundador do regime soviético. Essa defesa é partilhada pelos demais revisionistas que buscam estabelecer uma nova hostilidade historiográfica à Outubro.

Para sustentar sua tese, Ingerflom busca traçar diversos pontos de continuidade em relação ao antes e depois da Revolução, sobrepondo-os em relevância aos pontos de ruptura, exatamente como Furet fizera em relação à Revolução Francesa. É seguindo essa lógica, e dando ênfase aos aspectos que poderíamos chamar de forma abrangente de “culturais”, que Ingerflom acaba por tecer uma versão renovada da tese da continuidade.

Enquanto os sovietólogos, adeptos da escola totalitarianista, defendiam uma continuidade que apresentava o fenômeno stalinista como um resultado lógico e uma consequência direta do Bolchevismo, as análises dos revisionistas neoliberais vão mais longe no passado e tentam traçar tal continuidade a partir do Czarismo e do que encaram ser a “cultura política” russa. Ingerflom, por exemplo, atribui um papel central ao “terror” na sua análise do regime stalinista, compreendendo-o como “inerente ao projeto bolchevique e à cultura política russa”.

O mesmo busca justificar seu ponto de vista compartilhando o reconhecimento, comum a muitos historiadores, segundo o qual a revolução teria ocorrido “demasiado cedo”, em uma formação social na qual ainda predominavam reminiscências de relações de produção pré-capitalistas e de relações políticas não-modernas, carecendo assim de uma “sociedade burguesa” madura.

Entretanto, Ingerflom encara que o triunfo revolucionário do projeto bolchevique e o amplo apoio que as massas lhe deram em outubro de 1917 seria decorrente não de uma consciência política derivada das contradições sociais engendradas pro tal atraso, mas do fato do “discurso bolchevique [ser] familiar [às massas] devido às suas referências a um outro lugar que não o da decisão autônoma da sociedade e às reivindicações econômicas, sociais e políticas, susceptíveis de conquistar a adesão” [6].

Assim, por mais que Ingerflom busque se distanciar da herança da escola totalitarianista e contrapor a ela algumas contribuições mais sofisticadas, advindas da História Social, este acaba por ignorar justamente um dos principais pontos de convergência do “revisionismo” crítico à sovietologia, isto é, o reconhecimento de uma ação autônoma e consciente das massas durante a revolução, baseado na percepção de suas necessidades objetivas. Frente a isso, é flagrante como que a experiência autogestionária dos conselhos e comitês organizados ao longo de 1917 praticamente não é mencionada, uma vez que iria contradizer tais afirmações.

Apesar de criticar os pressupostos totalitarianistas em diversas passagens de sua introdução, Ingerflom não só produz uma versão modificada da tese da continuidade (igualmente baseada em uma linguagem determinista, recheada de termos como “naturalmente”, “intrínseco” e “inerente”), como reproduz alguns dos postulados básicos daquela, como na passagem a seguir:

[…] O Partido encontrou-se naturalmente numa posição de substituição em relação às classes sociais, incluindo o proletariado, que ele julgava representar. A sua actividade iniciou-se no ponto em que o czarismo deixou as coisas, aquando da sua queda, e retomou precisamente o ponto forte do czarismo, aquele que permitira a sua longa duração e o seu caráter despótico: a recusa da autonomia do social e do político em nome de uma ideologia. [7]

A partir dessa introdução ao capítulo por ele organizado, seguem artigos de outros pesquisadores que, em sua maioria, concordam com sua análise, principalmente aqueles que lidam direta ou indiretamente com a questão do “terror” – como Peter Holquist, que alega ser o Bolchevismo/Stalinismo uma continuidade radicalizada do Czarismo, ou Gábor Rittersporn, que encara o projeto Bolchevismo como intrinsecamente violento e sanguinário, devido ao seu meio cultural de origem [8].

Entre os autores que compartilham da revisão historiográfica empreendida por Ingerflom, destacamos ainda Bruno Gruppo. Este também reduz o Bolchevismo a uma forma de autoritarismo puro e simples, supostamente derivado de uma herança que seria sobretudo cultural (fruto de uma “tradição de despotismo própria da Rússia”). Ademais, Groppo centra sua atenção no caráter “ilusório” da revolução, tal como Furet fizera em relação a 1789. Dessa forma, trata a Revolução de Outubro (no sentido de uma ruptura social radical) enquanto um “mito”, uma mera construção no âmbito das mentalidades e da propaganda política. Coerentemente, alega possuir preferência pela análise do “funcionamento dos imaginários políticos” – o que talvez explique seu distanciamento em relação à realidade factual [9].

Assim, ao traçar linhas de semelhança entre o regime soviético e o período czarista, os revisionistas neoliberais ignoram a diferença fundamental no que dizia respeito às formas de propriedade e às relações de produção vigentes sob cada um – algo que até hoje apenas marxistas buscaram fazer de forma sistemática, apesar das diferentes abordagens entre estes.

Acabam, portanto, por obscurecer diferenças fundamentais, no intuito de realçar semelhanças superficiais e descontextualizadas. Priorizando um viés “cultural”, que assume aqui a forma de um determinismo monocausal, os proponentes da nova tese (neoliberal) da continuidade buscam estabelecer continuidades e negar rupturas no processo de formação da União Soviética, reduzindo assim o real impacto as profundas transformações possibilitadas pela Revolução de Outubro. Encaram a Revolução Russa como uma transformação das “práticas políticas”, marcada pela “modernização das formas de intervenção do Estado”, ignorando seus aspectos enquanto uma genuína revolução social no que diz respeito ao conjunto das relações sociais (especialmente as de produção).

Seguem assim ma caminho quase idêntica ao de Furet acerca de Revolução Francesa e, de forma mais geral, de todo o escopo do revisionismo neoliberal em relação a processos revolucionários e ao próprio paradigma da revolução social enquanto ruptura radical. Tal qual seus precedentes totalitarianistas, homogeneízam processos extremamente diversificados, para dessa forma fortalecerem sua negação da revolução enquanto um paradigma historicamente válido e, consequentemente, da própria ruptura social radical enquanto acontecimento concreto e, claro, enquanto alternativa política.

A partir daí, seus membros tendem a encarar a experiência soviética como fadada ao fracasso, ao que adicionam o suposto peso condicionante das “tradições” autoritárias que permeariam a cultura russa e se faria especialmente presentes no programa e no modelo organizativo dos Bolcheviques. Essa posição é ainda alimentada pela tendência destes a ignorarem toda a multiplicidade de projetos presentes na década de 1920 (os grandes debates no seio do Bolchevismo), além dos primeiros anos da experiência soviética, radicalmente diferentes dos traços gerais que esta vai assumir de forma clara a partir da década de 1930.

Por detrás dessa condenação da experiência soviética reside a tomada da democracia burguesa enquanto parâmetro não explícito de regime político ideal – o que é um baluarte central do projeto neoliberal e do revisionismo que constitui seu braço historiográfico. O Governo Provisório, por exemplo, é constantemente apontado como exemplo de uma experiência promissora que teria sido equivocadamente abortada pela “sede de poder” dos Bolcheviques.

Assim, por mais valiosas que sejam a maior parte das contribuições do “revisionismo” crítico dos anos 1960-1970, o retorno da tese da continuidade demonstra a necessidade de uma historiografia capaz de carregar no centro de suas análises uma firme rejeição dessa abordagem que busca atacar o paradigma da revolução social enquanto ruptura e alavanca de transformações históricas. Mais do que um resgate dos estudos dos historiadores sociais, se faz necessário, portanto, o estabelecimento de um pólo marxista no seio desse campo historiográfico, uma vez é através da abordagem histórica e dialética do marxismo que o paradigma da revolução se encontra melhor elaborado.

Para tal, faz-se urgente o resgate daquelas análises e modelos teóricos no seio do marxismo que se mostraram mais corretos ante os dados acumulados em todos esses anos de estudos arquivísticos, possibilitando assim o reencontro da teoria com as análises de fontes. Acreditamos que é nas contribuições intelectuais de Leon Trotsky, com suas análises acerca da União Soviética e do fenômeno stalinista (elaboradas em torno de conceitos como “reação termidoriana” e “Estado operário degenerado”), que tal saída pode ser encontrada, levando em conta a especificidade de cada momento da Revolução Russa e demonstrando não existir uma continuidade fundamental entre Czarismo, Bolchevismo e Stalinismo. Este, entretanto, já constitui todo um outro debate a ser travado.

Notas:

[1] Cf. HOBSBAWM, Eric. Ecos da Marselhesa [1990]. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, pp. 112-113.

[2] Cf. MELO, Demian de. “Revisão e revisionismo historiográfico: os embates sobre o passado e as disputas políticas contemporâneas”. Marx e o Marxismo, v. 1, n. 1, jul/dez de 2013, em especial p. 53.

[3] Para este e os parágrafos anteriores, cf. FURET, François. Pensar a revolução francesa. Tradução de Rui Fernandes de Carvalho. Lisboa: Edições 70, 1983, em especial pp. 24-49.

[4] Cf., p. ex., PUDAL, Bernard. “Da militância ao estudo do militantismo: a trajetória de um politólogo” [2008]. Entrevista concedida a K. Tomizaki. Tradução de Daniela Ferreira. Pro-Posições, Campinas, v. 20, n. 2 (59), maio/agosto 2009, p. 129-138.

[5] Cf. INGERFLOM, Claudio. “Introdução”. In: Dreyfus, M., et al. O Século dos Comunismos – Depois da Ideologia e da Propaganda, uma Visão Serena e Rigorosa [2000]. Lisboa: Editorial Notícias, 2004., p. 133.

[6] Para este e os parágrafos anteriores, cf. Id., ibid., especialmente pp. 132-137.

[7] Id., ibid., p. 139.

[8] Cf. HOLQUIST, Peter. “A questão da violência”. In: Dreyfus, M., et al. Op. cit., pp. 143-144; e RITTERSPORN, Gábor. “O Partido”. In: Dreyfus, M., et al. Op. cit., p. 172.

[9] GROPPO, Bruno. “O Comunismo na História do Século XX” [2007]. Tradução de Arlete Dialetachi. Lua Nova – Revista de Cultura e Política, v. 0, n. 75, 2008, em especial pp. 115-125.

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