Outubro na mira do revisionismo historiográfico (Parte 1)

Marcio Lauria Monteiro

Escreve-se sobre a Revolução russa de outubro de 1917 praticamente desde seu primeiro momento. Paralelamente às milhares de páginas “amadoras” que surgiam acerca do que foi provavelmente um dos mais importantes eventos do século XX, na própria Rússia alguns historiadores de formação realizaram pesquisas, ainda no calor dos acontecimentos, acerca do evento que vivenciavam (como Mikhail Pokrovsky, ligado ao Partido Bolchevique). O regime, em meio à guerra civil, investiu na promoção de espaços de difusão, como periódicos científicos, para a produção então em curso de uma “História do Tempo Presente avant la lettre”, como apropriadamente a nomeou Ângelo Segrillo em seu conhecido balanço historiográfico, Historiografia da Revolução Russa: antigas e novas abordagens [1].

Dessa forma, não tardou para que o meio acadêmico dos países centrais do capitalismo também começasse a produzir uma historiografia acerca da Revolução de Outubro. Nas décadas de 1930 e 1940 já havia um grande número de especialistas que se dedicavam a estudar temáticas ligadas à Revolução Russa, principalmente nos Estados Unidos, e logo se convencionou chamar de “sovietologia” esse campo emergente, no qual abundavam historiadores.

Entretanto, se a vastidão de escritos “amadores” que estavam sendo então publicados apresentava um prisma rico em problemáticas e abordagens para se pensar tal processo, a produção dos historiadores ocidentais caminhou rapidamente para o que mais tarde o historiador Stephen Cohen, crítico da historiografia sovietóloga, nomeou de “consenso acadêmico”, que estabeleceu uma narrativa padrão e uma forma única e estanque de se pensar Outubro [2].

Os contornos que esses estudos sovietólogos assumiram, no contexto do pós Segunda Guerra Mundial e do auge da Guerra Fria, foram o de uma clara hostilidade à experiência revolucionária soviética. Nesse contexto, os sovietólogos estenderam uma condenação liberal ao Stalinismo à experiência soviética como um todo, traçando linhas de continuidade que apontavam este como uma decorrência lógica do Bolchevismo e da Revolução de Outubro.

Não foi por acaso que o debate sobre as origens do regime stalinista assumiu contornos que colocavam em seu centro a existência ou não de uma continuidade. Tendo surgido por volta dos anos 1940, principalmente no meio acadêmico dos Estados Unidos, a problemática da(s) continuidade(s) já havia atingindo posição hegemônica entre acadêmicos norte-americanos e ganhado adeptos em outros países na década seguinte.

Essa mudança de foco da produção acadêmica acerca da Revolução Russa e da União Soviética se deu justamente, e não à toa, durante o período no qual a chamada “Guerra Fria” se faz mais intensa no sentido de uma disputa de projetos societários, levando as produções historiográficas de caráter acadêmico predominantes a ressoarem uma condenação política do projeto revolucionário bolchevique e daqueles que nele se inspiraram ao longo do século XX. As interpretações dos sovietólogos, portanto, eram fundamentalmente marcadas por uma hostilidade ao seu objeto de estudo.

Tendo atingido uma posição hegemônica nos anos 1950, tal consenso só se dissipou algumas décadas depois, com o advento de estudos baseados em paradigmas diferentes daqueles que o sustentavam. Para tal, foi necessária uma verdadeira batalha de posições por parte dos adeptos das diversificadas perspectivas auto-proclamadas “revisionistas”. Os historiadores com ela identificados apresentaram os métodos da História Social enquanto o caminho para uma revisão da historiografia sovietóloga e aos poucos angariaram aceitação nos meios acadêmicos, suplantando os paradigmas e a interpretação padrão daquela.

Entretanto, apesar de todo o esforço realizado por esses historiadores “revisionistas” ao longo das décadas de 1960 e 1970 para quebrar o consenso sovietólogo, a sua principal marca – o que Cohen chamou de “tese da continuidade” – retornou recentemente ao campo de estudos acerca da Revolução de Outubro sob nova roupagem, levemente distinta daquela dos sovietólogos e reivindicando-se crítica em relação a tal vertente.

Desde a queda do Muro de Berlin, alguns historiadores, principalmente ligados ao meio intelectual francês, tem buscado reinserir na historiografia uma forma de análise calcada na busca por continuidades fundamentais e que atue como sustentáculo para uma renovada hostilidade à Revolução de Outubro e às experiências revolucionárias em geral.

Esse esforço historiográfico recente integra um movimento mais abrangente, composto por intelectuais que vem cumprindo nas últimas décadas o papel de reforçar a ideologia (neo) liberal da superioridade do capitalismo e de condenação de todas as experiências e projetos antissistêmicos, atuando assim de forma essencialmente apologética ao analisar o passado.

Contrariando décadas de novas descobertas alicerçadas em pesquisas arquivísticas, estes retomam diversos pressupostos sovietólogos e realizam assim uma operação de revisão historiográfica ideologicamente orientada, devidamente merecedora da nomenclatura “revisionista” em seu sentido pejorativo [3].

Para compreendê-la corretamente, faz-se necessário não só o conhecimento do contexto neoliberal na qual a mesma surgiu, mas também as especificidades da historiografia produzida acerca da Revolução Russa e de seus principais momentos. Nesse primeira parte do artigo trataremos de um desses momentos centrais, para melhor situar o atual revisionismo hostil à Outubro.

A “tese da continuidade” sovietóloga

Esse consenso acadêmico em torno de uma narrativa padrão para a Revolução Russa, fonte da qual bebe o revisionismo neoliberal, tinha como base epistemológica o paradigma totalitarianista, já bastante difundido à época como um referencial para se analisar os regimes fascistas. Sua aplicação à União Soviética significou, portanto, uma equiparação entre regimes assentados sobre formações sociais extremamente díspares. Em termos bibliográficos, a referência principal para tal abordagem foi a filósofa Hannah Arendt, com obras como “A Origem do Totalitarismo” (1951).

Ainda que os revisionistas neoliberais não reivindiquem tal paradigma, é possível detectar sua influência entre alguns deles em uma série de aspectos. Ao comentar sobre o mesmo, o historiador português Manuel Loff resumiu a questão de seus significados conceitual e social apontando que este reduzia os grandes movimentos de massas e mudanças radicais a frutos de manipulações por parte de grupos subversivos maniqueístas autoproclamados de vanguardas. Dessa forma, deslegitimava a espontaneidade e representatividade destes, apresentando enquanto alternativa de mudança social processos de longo prazo, baseados na negociação e no consenso entre os grupos dominantes. [4]

Assim, mais do que um mero paradigma problemático do ponto de vista metodológico e teórico, a compreensão da realidade social centrada na categoria de “totalitarismo” estava diretamente vinculada a certa visão apologética da política, que colocava as democracias burguesas ditas ocidentais como o patamar mais elevado e correto do fazer político, contrapondo-se a projetos de transformação centrados na autonomia e agência das grandes massas.

A partir de tal referencial, historiadores como Richard Pipes e Robert Conquest teceram a “tese da continuidade” da qual fala Cohen, tese essa que alicerçou de forma quase que manualesca os trabalhos produzidos sob o paradigma totalitarianista, gerando assim uma narrativa comum aos seus adeptos. Em dada ocasião, o historiador marxista Kevin Murphy sintetizou essa narrativa-padrão de forma caricatural, porém precisa:

“[…] Essas análises começam tipicamente por avaliar o livro de Lenin, Que Fazer?, como um plano ditatorial embrionário, completamente elaborado muito antes da Revolução. Daí foi um pequeno passo à afirmação de que uma minoria conspiratória havia tomado o poder em 1917 através de um golpe de Estado, monopolizado o Estado para seus próprios fins e criado o partido-Estado totalitário. Através de disciplina férrea e terror brutal, os Bolcheviques triunfaram em seguida na guerra civil de 1918-1921, mas os vitoriosos exaustos foram forçados a recuar temporariamente durante o período da Nova Política Econômica (NEP, 1921-1928). Movida por um zelo ideológico, a tese conclui, a máquina totalitária então procedeu no sentido de pulverizar a sociedade. Coletivização imposta pelo Estado, imposição de uma industrialização acelerada e terror de massa são então vistos como elementos orgânicos em um processo inevitável guiado pela lógica totalitária inerente aos Bolcheviques.” [5]

Analisando a tese da continuidade estabelecida pelos sovietólogos, Cohen os acusou de serem orientados por um “determinismo monocausal”, uma vez que reduziam os eventos da história soviética a consequências diretas das ações e desejos das lideranças do Partido Bolchevique, imputando, assim, um caráter de inevitabilidade à História. Por detrás desse determinismo, residiria um método analítico que avaliava “o passado nos termos do presente, os antecedentes nos termos dos resultados”, possuindo assim caráter verdadeiramente teleológico. [6]

Guiados pelo paradigma totalitarianista, os sovietólogos entendiam a formação social soviética, em todos os seus aspectos, como um “monólito” do ponto de vista político e cultural. Consequentemente, estes tomavam a política formal da alta cúpula do Partido Bolchevique e do Estado como base para interpretar a história soviética como um todo.

Tais características marcaram as análises sovietólogas com uma perspectiva consideravelmente ahistórica, a partir da qual seus adeptos se tornaram incapazes de integrar a elas as diversas mudanças que marcaram o Partido Bolchevique e o regime soviético ao longo das primeiras décadas da nova formação social inaugurada pela revolução. Em síntese, para mais uma vez recorrermos às palavras de Cohen, “preconceitos cegos, rótulos, imagens, metáforas e teleologia assumiram o lugar de explicações reais” [7].

Frente a todos esses elementos problemáticos que constituíam as análises sovietólogas, foi necessário a intervenção de elementos externos ao debate acadêmico para que suas conclusões tenham se estabelecido por mais de duas décadas enquanto o consenso historiográfico do período.

O paradigma totalitarianista e tese da continuidade, que combinados traçavam um perfil absolutamente negativo da União Soviética e do comunismo em geral só puderam se tornar hegemônicos entre os estudos acadêmicos graças à possibilidade de sua instrumentalização política, uma vez que serviam de sustentáculo à política externa dos governos norte-americanos que operaram segundo a lógica da “Guerra Fria”, bem como do discurso oficial anticomunista. Estes elementos conjunturais eram iconicamente expressos na ação de instituições como o “Comitê de Atividades Antiamericanas” (órgão da House of Representatives, uma das duas câmaras do Parlamento norte-americano) e em toda a histeria e perseguições públicas promovidos por políticos como o senador Joseph McCarthy ao longo da década de 1950.

Frente a esse contexto, a sovietologia tornou-se um campo de estudos extremamente importante para o stablishment norte-americano, que a alimentou com generosas verbas. Os sovietólogos obtiveram grandes financiamentos para suas pesquisas junto a diversas corporações capitalistas nas décadas de 1950 e 1960, dentre elas as Fundações Ford e Rockfeller [8], e agências governamentais como a Office of Strategic Services, a CIA, o Departamento de Estado ou organizações ligadas às mesmas [9].

Concomitante à promoção e ao financiamento de estudos marcadamente anti-soviéticos, aqueles acadêmicos que assumiam posições críticas e dissidentes frente ao consenso estabelecido (e imposto) corriam o risco de perseguições diretas ou indiretas, que podiam ir desde a exclusão de redes de favoritismo acadêmico até a demissão em momentos de “caça às bruxas”, chegando à prisão em casos extremos [10].

Essa interferência por parte de forças sociais objetivamente interessadas em uma oposição à (e mesmo na destruição da) União Soviética foi essencial para imprimir à sovietologia um forte matiz anticomunista e moldar um consenso acadêmico em torno de seu objeto de estudo. Não à toa, os sovietólogos ficaram conhecidos entre seus críticos como “cold warriors”, verdadeiros combatentes da Guerra Fria a serviço da política do governo norte-americano.

Apesar da hegemonia angariada pela escola totalitarianista nos meios acadêmicos norte-americanos e da difusão que seus membros mais proeminentes obtiveram fora do país, influenciando profundamente os estudos historiográficos da época, cabe ressaltar que alguns especialistas conseguiram se destacar sem compartilhar desse consenso made in USA. Foi o caso, por exemplo, do historiador polonês erradicado na Inglaterra e marxista declarado, Isaac Deustcher e do britânico E. H. Carr.

O “revisionismo” crítico dos anos 1960-70

O domínio da escola totalitarianista, apesar de prolongado, não passou incólume às mudanças conjunturais ocorridas em fins da década de 1950. Conforme aponta Cohen, a mudança nas relações diplomáticas entre o governo norte-americano e a União Soviética pós-Stalin, bem como os conflitos que marcaram o chamado “Bloco Socialista” (a ruptura sino-soviética e os diversos conflitos no Leste Europeu, marcadamente a Revolução Húngara de 1956), abalaram consideravelmente as certezas tecidas pelo “consenso acadêmico” sovietólogo. A esses elementos conjunturais podemos ainda adicionar o enorme abalo gerado no próprio movimento comunista internacional por conta do XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética, com a revelação do chamado “Relatório Khrushchev” (1956).

Em síntese, durante um mesmo período de tempo relativamente curto, vieram à tona para os observadores externos (ao menos àqueles dispostos a enxergar) a diversidade de projetos presentes no interior do que antes era considerado um monólito, enquanto o governo norte-americano alterava para tons menos hostis as suas relações diplomáticas com aquilo que a propaganda oficial – e os sovietólogos – até então veiculava como a verdadeira encarnação do mal.

Concomitante a essa alteração na conjuntura política da Guerra Fria, uma nova geração de acadêmicos iniciou seus trabalhos historiográficos, operando assim sob um contexto bem diferente daquele de seus antecessores sovietólogos. Esses novos especialistas tiveram ainda uma oportunidade antes inexistente para seus pares – a de participarem em programas de intercâmbio (criados em 1958) que lhes deram acesso a arquivos soviéticos.

Dessa leva de novos acadêmicos é que surgiu a escola auto-proclamada “revisionista”, que se caracterizou fundamentalmente pela empreitada de desconstrução do consenso previamente dominante e pela sua substituição por estudos mais sofisticados e diversificados. Foi nesse novo momento historiográfico que destacaram historiadores como Moshe Lewin, Ronald Suny, Marc Ferro, Alexander Rabinowitch e o aqui citado Stephen Cohen, dentro tantos outros.

A principal marca de seus escritos, em contraposição à escola totalitarianista, foi a valorização de uma “história vista de baixo”, alicerçada em pesquisas arquivísticas. Pesquisas estes guiadas por uma compreensão não determinista, que por vezes se mostrou capaz de apreciar o devido lugar na História das possibilidades não realizadas, e que levava em conta a existência de múltiplas causalidades.

A principal contribuição do esforço “revisionista” foi ter refutado, desde pesquisas empiricamente alicerçadas, os principais pilares do consenso sovietólogo, que se baseava largamente em especulações escoradas na dificuldade de acesso aos arquivos “oficiais” produzidos pelo Estado soviético.

A falta de acesso à fontes primárias ligadas a assuntos demográficos, econômicos, culturais e mesmo a questões do dia a dia (como atas de reuniões dos mais variados tipos de organismos coletivos, por exemplo) e ainda dos variados órgãos de segurança e inteligência do governo, deixava uma enorme margem para todo tipo de abstrações. Margem essa que foi largamente aproveitada pelos sovietólogos e adeptos do consenso totalitarianista em geral, que buscaram preencher as “lacunas” existentes com seu paradigma simplificador e extremamente apriorístico.

Na contramão da abordagem sovietóloga, os “revisionistas” contestaram a visão da formação social soviética enquanto monólito, fundamental ao conceito de “totalitarismo”, bem como a tese da continuidade, segundo a qual o regime stalinista seria o fim lógico do projeto bolchevique. A partir de seus estudos arquivísticos, tais historiadores apresentaram ao meio acadêmico interpretações alternativas e mais sofisticadas para se pensar o Stalinismo enquanto um fenômeno histórico, fruto de condições muito mais diversas do que pressupunha o determinismo monocausal predominante nos estudos sovietólogos.

No lugar da narrativa padrão – segundo a qual uma linha reta partia da publicação de Que Fazer? e chegava aos gulags, fazendo um pequeno “desvio de percurso” durante o período na NEP, esses trabalhos trouxeram à tona a questão das alternativas históricas. Dessa forma, buscaram entender as diferentes causalidades por trás do surgimento do Stalinismo, incluindo aí quais outros projetos teriam fracassado ante a sua vitória, contestando assim a ideia de uma continuidade ininterrupta.

Seus trabalhos também incluíram a tentativa de compreensão das especificidades de cada um dos momentos que marcaram a Rússia revolucionária antes da década de trinta, buscando analisar a tomada do poder, o “comunismo de guerra” e a NEP a partir de suas próprias especificidades, ao invés de tentar encaixá-los em uma narrativa teleológica onde todo e qualquer evento fazia parte de um plano que teria no regime Stalinista sua concretização final.

Nesse sentido, as produções revisionistas, apesar de sua multiplicidade de conclusões e linhas de análise, tenderam a chegar a alguns pontos de convergência, criando assim seu próprio “consenso”, contraposto àquele da sovietologia. Esses pontos foram sobretudo o reconhecimento de uma diferença fundamental entre Bolchevismo e Stalinismo, bem como entre os primeiros momentos da nascente formação social soviética e o regime que se consolidou em meados da década de 1930 – a refutação, portanto, da tese da continuidade.

Outros pontos importantes dessa convergência entre os revisionistas incluíam a refutação da Revolução Russa como sendo tão somente um golpe de Estado orquestrado por uma minoria de fanáticos, como costumavam defender os sovietólogos, e a suposição (por vezes não tão embasada em análises de fontes) de que, no lugar de uma repressão brutal, haveria um considerável apoio popular ao regime stalinista.

Apesar de terem sido superados em alguns aspectos pela historiografia mais recente, algumas das contribuições fundamentais desses estudos revisionistas ancorados na História Social se mantêm atuais e retêm sua importância para uma reflexão crítica. Especialmente ante o retorno da velha tese da continuidade, agora nos marcos do novo revisionismo neoliberal, do qual trataremos na segunda parte do presente artigo.

Notas:

[1] SEGRILLO, Ângelo. “A historiografia da revolução russa: antigas e novas abordagens”. In: Projeto História, v. 41, dezembro de 2010, p. 63-92. Disponível em http://revistas.pucsp.br/index.php/revph/article/view/6535/4734. Acessado em 4 de março de 2013.

[2] COHEN, S. Rethinking the soviet experience – Politics and History since 1917. Oxford: Oxford University Press, 1985.

[3] Para uma breve introdução acerca dos usos e sentidos do termo “revisionismo”, recomendamos MELO, Demian Bezerra. “Revisão e revisionismo historiográfico: os embates sobre o passado e as disputas políticas contemporâneas”. Marx e o Marxismo, v. 1, n. 1, jul/dez de 2013, em especial pp.49-54.

[4] Cf. LOFF, Manuel. “Depois da Revolução?… Revisionismo histórico e anatemização da Revolução”. História & Luta de Classes, n. 12, setembro de 2011, pp. 8-9. Grifo do original.

[5] MURPHY, Kevin. Revolution and Counterrevolution: Class Struggle in a Moscow Metal Factory. Oxford: Berghahn Books, 2005, p. 2. Nossa tradução.

[6] Cf. COHEN, S. Op. cit., pp. 43-44 e p. 52.

[7] Cf. Id. ibid., p.6.

[8] Cf. Id., ibid., pp. 3-4, 10 e 16.

[9] Cf. FONTANA, Josep. “As guerras da história”. In: A história dos homens. Bauru: Edusc, 2004, pp. 347-348.

[10] Cf. COHEN, S. Op. cit., p. 18.