Contra caos, trabalhadores da saúde lançam frente em defesa dos hospitais, no Rio

Por: Cintia Teixeira, do Rio de Janeiro, RJ

Matéria da Globo divulgou, nesta sexta-feira (07), que o Hospital Estadual Getúlio Vargas (HEGV), através da Organização Social Pró Saúde, demitiu mais de 50 profissionais de saúde, incluindo médicos. Além disso, há o fechamento da clínica de proctologia, abruptamente são canceladas cirurgias e, segundo a notícia, os paciente serão recadastrados no Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE), que está sem repasse de dinheiro, correndo o risco de fechar. Na matéria, o próprio secretário de saúde afirma que a emergência do HEGV está sobrecarregada e o motivo seria que a emergência do Hospital Geral de Bonsucesso (HFB) está fechada.

Infelizmente, essa é a reestruturação dos gestores de saúde. Ministério da Saúde fecha leitos e emergência nos hospitais federais, como clínicas da cirurgia vascular do Hospital Federal de Ipanema (HFI), fecha leitos do setor de queimados do Hospital Federal do Andaraí (HFA), que é referência nacional e de cardiologia e, além de cancelar cirurgias bariátricas, cancela contratos de servidores da noite para o dia e não faz concurso público. Fecha emergência do Hospital Geral do Bonsucesso e do HFA, mantem quatro salas cirúrgicas fechadas nos hospital de Ipanema, precisando de obras, além da simples não reposição dos insumos em toda a rede.

Somado a isso, ainda há as Organizações Sociais dos hospitais estaduais, que já foram apontadas pelo Tribunal de Contas do Estado com irregularidades, apesar de já ter custado aos cofres do estado R$5 bilhões.

Ainda, há ausência de repasse de dinheiro para o Pedro Ernesto, incluindo salários atrasados dos servidores desde abril.

Que governos são esses que, em serviços essenciais como na saúde, demitem profissionais e não repõem mão de obra? Que fecham leitos tendo filas de pacientes, cortam orçamento e deixam trabalhadores sem salário? Governos capitalistas, onde a vida é vista apenas como mercadoria. Por isso, a luta em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) é um direito do povo, que deve se intensificar.

Os servidores da saúde, por tudo isso, têm lutado e pedido a saída imediata dos culpados por essa situação. Fora Temer, fora Barros e fora Pezão de seus cargos, para que não tenham nem um leito e enfermaria a menos. Para isso, chamam todos para ato de lançamento da Frente em Defesa dos Institutos e Hospitias Federais do Rio de Janeiro, no dia 10, às 10h. O evento será no Hospital Federal do Andaraí.