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BRASIL

Acampamento do MST em apoio a Lula é alvo de ataque, em Curitiba

Da Redação

O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) organizou um acampamento em Curitiba em apoio ao ex-presidente Lula, que foi convocado para prestar depoimento pelo juiz Sérgio Moro, nesta quarta-feira (10). Durante a madrugada, o local foi alvo ataques com rojões e bombas que deixaram ao menos duas pessoas feridas. O conteúdo foi filmado pela página Jornalistas Livres.

O ataque teria iniciado por volta das 0h30 e seria atribuído a cinco homens. O alvo direto dos rojões eram as barracas onde dormiam os militantes do MST. Ao menos quatro delas foram danificadas pelo fogo dos artefatos. Um dos atingidos teve a bomba estourada próximo à cabeça e chegou a ser encaminhada ao hospital.

“Uma bomba estourou perto da minha barraca. Por pouco não me feri. Mas duas pessoas ficaram machucadas”, disse o membro do MST Claudecir Maganha, de 25 anos, que veio do município de Quedas do Iguaçu.

O coordenador da Frente Brasil Popular Raimundo Bonfim repudiou a ação. “É um ato fascista contra um movimento que é pacífico. Depois nós é que somos os baderneiros”, disse.

Entenda

Nesta quarta-feira, 10 de maio, Lula irá prestar o primeiro depoimento presencial diante do Juiz Sérgio Moro. A capital do Paraná, Curitiba, é a sede da Operação Lava Jato, um projeto em curso com evidentes interesses políticos, econômicos e ideológicos.

O Esquerda Online divulgou nesta quarta-feira (10), um editorial sobre o tema, onde explica, entre outras coisas, o por quê de ser contra a prisão de Lula, mas não estar presente nos protestos de Curitiba. “Estamos totalmente contra a prisão ou cassação dos direitos políticos de Lula. Mas não somos petistas, não apoiamos o projeto político de Lula e do PT. Defender liberdades democráticas não é o mesmo que fazer a defesa política de um projeto”, diz o editorial.

Ainda, sobre os protestos, diz: “Não participaremos dos atos que ocorrerão hoje em Curitiba, temos outro projeto político e nenhum acordo com a defesa política dos mandatos do PT, ou da candidatura de Lula em 2018. Mas, não temos nenhum acordo com qualquer tipo de repressão. A extrema-direita divulgou imagens do treinamento da Tropa de Choque e do enorme aparato repressivo que está sendo preparado na capital paranaense. Repudiamos as restrições impostas até aqui, as perseguições nos ônibus que transportam as caravanas e qualquer tipo de violência por parte da Polícia Militar e do Estado em geral. A militância do PT e de todas as forças da Frente Brasil Popular têm o direito democrático de se manifestarem livremente sem a intimidação e a repressão policial”.

Leia, na íntegra

http://esquerdaonline.com.br.br/2017/05/10/sobre-o-depoimento-de-lula-em-curitiba/

Fotos: Francisco Proner / Mídia NINJA