Pular para o conteúdo
BRASIL

Pesquisa eleitoral em Minas Gerais aponta tendências

A pesquisa realizada pelo Instituto Paraná aponta que os eleitores mineiros seguem a dinâmica nacional. O ex presidente Lula (PT) lidera a pesquisa com 23,2% da intenção de votos. Aécio Neves (PSDB), ex governador e atual Senador do Estado, aparece com 18,4%. E Jair Bolsonaro (PSC)com 16%. Ou seja, praticamente um empate técnico entre Bolsonaro e o candidato tucano, considerando a margem de erro de 2,5 pontos percentuais para mais ou para menos.

Sabendo que Lula aparece em primeiro lugar nas pesquisas e o segundo lugar está disputado entre Aécio e Bolsonaro, alguns outros nomes também apareceram na pesquisa. Marina Silva (REDE) somou 11%, Joaquim Barbosa 8,1%, Ciro Gomes (PDT) 2,9%, Michel Temer (PMDB) 2,3% e Ronaldo Caiado (DEM) 1,7%.

A pesquisa realizada em 88 municípios de todas as regiões de Minas apontou que 10,7% da população não votaria em nenhum dos candidatos citados acima e 5,6% não souberam responder.

Entre as mulheres, Bolsonaro cai!

Entre os homens, Bolsonaro aparece como favorito, com 23,2% das intenções, contra 20,9% de Lula e 16% de Aécio. Já quando se trata do voto feminino ele aparece em quarto, com 9,3% da intenções, atrás de Marina (13,5%), Aécio (20,7%) e Lula (25,3%).

Isso mostra que o candidato reconhecido por suas declarações extremamente machistas, racistas e LGBTóbicas, arrecada simpatia daqueles que não querem perder seus privilégios e não compreendem que para alcançar uma sociedade justa é preciso lutar contra toda forma de opressão. Por outro lado, grande parte das mulheres, que precisam continuar lutando para ter seus direitos garantidos, entendem o perigo de ter na presidência um militar que atua pela perpetuação das injustiças sociais.

Entre os jovens, Bolsonaro sobe!

É preocupante o bom desempenho de Bolsonaro entre os jovens mineiros. O candidato aparece com 30,2% das intenções de votos entre os eleitores de 16 a 24 anos, contra 20% de Lula, 16,5% de Aécio e 11% de Marina.

Já na faixa acima de 60 anos, Bolsonaro cai para 6,8%, contra 23,9% de Aécio, 22,8% de Lula e 10,5% de Marina. Em todas as outras faixas, a liderança é do candidato petista.

O que os dados mostram?

Não se pode cair no erro de menosprezar o tanto que a base social de Bolsonaro é capaz e mover. A eleição de Trump nos Estados Unidos serviu para provar que candidatos de extrema direita devem ser combatidos com seriedade pelos movimentos sociais, principalmente ao lado do movimento feminista e de luta contra toda forma de opressão.

Ao mesmo tempo, todo o cenário político evidencia a necessidade de a Esquerda Socialista, que nunca governou o Brasil, apresentar sua alternativa. Essa urgência não é só para a eleição presidencial de 2018, mas para a possibilidade real de derrubar o governo Temer conforme as lutas sociais avancem. Estando ou não diante de eleições antecipadas, uma candidatura única da esquerda, que não é adepta ao projeto de fazer alianças com a classe dominante, pode ganhar a simpatia do povo que não confiam mais que depois de 13 anos de governo o Partido dos Trabalhadores é capaz de fazer transformações sociais. Essa é também a uma forma de evitar que as candidaturas de direita e extrema direita tenham ainda mais eco entre as pessoas descrentes com a política.

O crescimento de candidatos de extrema direita, como Bolsonaro, é mundialmente preocupante. Mas o desenvolvimento das lutas sociais pode virar a maré para a esquerda. Após as intensas mobilizações contra a PEC do Teto no ano passado e esse ano contra a Reforma da Previdência, a popularidade do governo de Temer foi assolada também em Minas. Apenas 18,5% da população mineira declara apoio ao atual presidente, enquanto 77,9% o desaprovam. É importante saber também que o número de pessoas que não sabem opinar é baixíssimo: 3,6% segundo o Instituto Paraná.

A Frente de Esquerda Socialista se reorganiza em BH

Diante do cenário político do Brasil e as intensas mobilizações Minas Gerais, que contou uma fortíssima greve dos professores estaduais e municipais, a Frente de Esquerda Socialista fez suas primeiras reuniões de 2017 para intervir conjuntamente nas lutas sociais.

A proposta da Frente de Esquerda Socialista é mais do que fazer coro a um candidato comum na eleição de 2018, é agir para mobilizar os trabalhadores em luta contra as inúmeras retiradas de direito que Michel Temer, de mãos dadas com os empresários, os latifundiários e os banqueiros, impõem ao povo brasileiro. A Frente entende que a unidade da esquerda é uma necessidade para resistir a ganancia dos capitalistas.

Acompanhe nas redes sociais: https://www.facebook.com/esquerdasocialistabh