Da Redação
Um dia unificado de lutas em abril. Esta foi a decisão da reunião das centrais sindicais realizada nesta quinta-feira (23), na sede da UGT, em São Paulo. Após a aprovação do PL da terceirização, na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (22), as centrais CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central e CSP-Conlutas adiantaram a reunião para discutir ações conjuntas com o intuito de frear este e outros retrocessos propostos pelo governo de Michel Temer (PMDB) aos trabalhadores, como as reformas da Previdência e Trabalhista.
A decisão das centrais era esperada pelo conjunto dos trabalhadores e responde à ofensiva de Temer e de seus aliados de tentar retirar direitos históricos da classe, que significa mudanças estruturais no nível de vida das gerações atuais e futuras do país.
Após um 8 e um 15 de março vitoriosos, os trabalhadores demonstraram que é possível barrar os projetos de reforma do governo. Mas, os fortes atos de rua que aconteceram em cada cidade precisam ser intensificados nesse novo dia de luta, com a construção de uma verdadeira greve geral, com paralisações nos locais de trabalho e estudo. O grau de ataques está em outro patamar e assim deve ser a resposta. Para além de atrasos de turno, ou protestos na entrada, é fundamental construir, desde já, as condições para parar, de vez, o país, com a força que os movimentos sociais e setores organizados já demonstraram em sua história.
A classe trabalhadora brasileira, em momentos ainda mais difíceis, como na Ditadura Militar, mostrou que pode resistir e se organizar. Por isso, nesse momento, as direções do movimento precisam estar unidas e estreitamente conectadas com suas bases, fortalecendo as condições de luta e avançar para a construção de fato de uma greve geral unificada.
Uma nova reunião está marcada para acontecer nesta segunda-feira (27), onde será decidida a data do dia de mobilização unitária, que acontecerá em abril. O tempo não nos favorece, é urgente definir a data unificada e trabalhar por ela.
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