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BRASIL

Rio de Janeiro é tomado por manifestação contra Reforma da Previdência

Da Redação

A manifestação contra a Reforma da Previdência, no Rio de Janeiro, reuniu dezenas de milhares de pessoas.  A concentração na Candelária, às 16h, já demonstrava a força e o peso do que seria o protesto, comparado aos grandes atos de junho de 2013.

Bancários, aeroviários, servidores públicos, petroleiros, educadores, cedaianos, trabalhadores dos Correios, operários, desempregados, estudantes, moedeiros, portuários, trabalhadores sem teto se reuniram em defesa da aposentadoria e por nenhum direito a menos. A crítica ao governo de Michel Temer foi presente em toda manifestação. Não faltaram gritos de “Fora Temer”.

O ato estava marcado para sair em passeata às 18h. Mas, a força dos presentes fez o conjunto tomar a Avenida Presidente Vargas, antes mesmo do previsto. Uma das vias principais do Rio de Janeiro ficou lotada até a Central do Brasil. Mesmo após a dispersão, centenas de pessoas seguiram até a Cinelândia, ainda cantando palavras de ordem contra Pezão, Temer e a Reforma da Previdência.

Um dos destaques foi a coluna da Frente de Esquerda Socialista, com bonita e forte presença no ato. E dando continuidade à importante iniciativa do vitorioso ato do 8 de março, homens e mulheres garantiram uma creche para que as mães e os pais pudessem participar da manifestação enquanto os pequenos ficavam em tranquilidade. Ao todo, 58 crianças foram inscritas para participar.

Ao final do protesto, a Polícia Militar jogou bombas de gás e spray de pimenta contra os manifestantes. Há denúncias de pessoas serem atacadas em bares e estabelecimentos comerciais.

O apoio da população foi marcante. Durante todo o dia, trabalhadores de diversas categorias realizaram ações pela cidade. Mulheres ocuparam simbolicamente a sede do INSS, petroleiros da Reduc realizaram atraso de turno, a ponte Rio Niterói teve ato do SOS Emprego e de portuários, no aeroporto Santos Dumond aconteceu protesto de aeroviários, universidades como a UFRJ, escolas municipais e pelo menos 40 particulares foram paralisadas.

As ações só foram possíveis porque foram organizadas em unidade por diversos setores, organizações dos movimentos sociais e categorias. Novos protestos devem ser marcados ainda nos próximos dias.

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