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MOVIMENTO

5 mil protestam em Belém contra os ataques de Temer e a violência machista

Por: Andréa Neves, de Belém, PA

Diversas centrais sindicais, movimentos feministas, organizações de esquerda e de juventude foram às ruas de Belém, na noite desta sexta-feira (25), para denunciar os ataques do governo Temer (PMDB) aos trabalhadores. O ato reuniu cerca de 5 mil pessoas e fez parte do Dia Nacional de Paralisações e Protestos. Além de denunciar o ajuste fiscal do governo ilegítimo, os manifestantes também protestaram contra a violência machista, já que o dia 25 de novembro é também Dia Internacional de Luta contra a Violência à Mulher.

A concentração aconteceu por volta das 17h, na Praça da República. Entre as centrais sindicais presentes estavam a CSP-Conlutas, CUT, CTB e Intersindical. No caminhão de som, apenas mulheres, que dirigiram o ato e lembraram que a luta contra o machismo e o feminicídio também precisa ser parte da luta do conjunto dos trabalhadores.

De acordo com Gizelle Freitas, integrante do Movimento por uma Alternativa Independente e Socialista (MAIS), esta foi uma grande vitória do movimento feminista. “O dia 25 de novembro é um dia muito importante para as feministas, um dia em que denunciamos toda a opressão que sofremos e a luta pelo fim do machismo. (…) Belém foi uma das poucas cidades onde o movimento de mulheres conseguiu unificar a manifestação junto às centrais sindicais, mostrando que a nossa luta é contra a violência machista e também contra a PEC 55, as reforma da previdência e trabalhista”, disse.

Também foi grande a presença dos estudantes que ocupam universidades e escolas contra o congelamento dos investimentos em educação. Milhares de universidades seguem ocupadas no país e no Pará não é diferente. Nas três principais instituições de ensino superior (UFPA, UFRA e UEPA), os estudantes mostram que são capazes de se organizar para garantir a resistência. Diversas categorias de trabalhadores também estiveram presentes: professores e técnicos da UFPA em greve, além de educadores da rede estadual de ensino, operários e operárias da construção civil.

Além de percorrer as ruas da cidade, os manifestantes realizaram diversas paradas durante o trajeto. Uma delas foi em frente à TV Liberal (afiliada à Rede Globo), onde denunciara a manipulação da mídia e o apoio da emissora à manobra parlamentar que levou Temer à presidência. Em seguida, a parada foi em frente à delegacia de São Brás, onde o movimento de mulheres protagonizou uma performance simbolizando o feminicídio. O ato terminou por volta das 21h, já no Mercado de São Brás.

Foto: Andréa Neves