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EDITORIAL

Fortalecer os dias nacionais de luta de 11 e 25 de novembro contra a PEC 241

São Paulo – Movimentos sociais, estudantes e entidades sindicais fazem ato na Avenida Paulista contra a PEC 241, que limita teto dos gastos públicos por 20 anos (Rovena Rosa/Agência Brasil)

A Câmara dos Deputados e o presidente ilegítimo Michel Temer aprovaram em segundo turno a PEC 241. Dessa vez, foram 359 votos a favor e 119 contrários. Resultado que quase nada mudou em relação à votação do primeiro turno. Esta segunda aprovação confirma que o congresso corrupto do golpe parlamentar está fechado com o projeto de ataques do governo Temer e da burguesia brasileira.

A notícia boa é que existe resistência. Por todo país, cresce uma onda de ocupações de estudantes em escolas, institutos e universidades. Já estão ocupadas 1022 Escolas, 84 Campi de Universidades e 91 Campi de Institutos Federais. Manifestações em várias capitais e cidades importantes tomam as ruas de todo país. A FASUBRA iniciou sua greve nesse dia 24 de outubro contra a PEC do Fim do Mundo e há forte possibilidade do Sinasefe também aderir à greve pelo mesmo motivo.

O que fazer?

O Projeto da PEC 241 vai agora para o Senado. O corrupto Renan Calheiros indicou que planeja votar já em novembro a PEC do fim do Mundo. Ao mesmo tempo, avança no Congresso projetos como a nova reforma política que institui a cláusula de barreira ou de desempenho para os partidos políticos  e as reformas da previdência e trabalhista.

O dever da esquerda socialista agora é fortalecer a resistência. Neste momento, o destaque nacional é a luta dos estudantes contra a PEC 241 e a reforma do ensino médio. Devemos apoiar as ocupações e incentivar onde for possível o desenvolvimento desse processo.

A ofensiva da burguesia brasileira contra direitos históricos da nossa classe está em campo. A resistência começou e é protagonizada até aqui pelos estudantes. Ainda é insuficiente. Resta uma peça fundamental a se mexer no tabuleiro. A classe trabalhadora e suas formas de luta.

As centrais sindicais votaram um calendário que indica paralisação nos dias 11 e 25 de novembro. Devemos buscar construir nestes dias processos reais de luta conectados à base. Não basta mais atos de liberados sindicais na Avenida Paulista. É preciso construir mobilizações vinculadas às pautas concretas dos trabalhadores, desde os professores do ensino básico aos metalúrgicos. Construir, nestes dias, mobilizações que agitem os setores fundamentais do proletariado brasileiro. É fundamental que a CUT, Força Sindical, CTB, CSP CONLUTAS e demais centrais construam desde a base fortes dias nacionais de luta que impulsionem ainda mais a resistência aos ataques em curso.

Foto: Rovena Rosa /  Agência Paulista